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Petrobras altera nome de térmicas que homenageavam personalidades de esquerda

Usina termelétrica em Manaus - Ricardo Stuckert/PR
Usina termelétrica em Manaus Imagem: Ricardo Stuckert/PR

Fernanda Nunes

Rio

09/10/2019 14h32

A Petrobras alterou o nome de usinas termelétricas. Em vez de homenagear intelectuais, políticos e artistas com biografias relacionadas ao pensamento de esquerda e ao nacionalismo, a estatal retomará, na maioria dos casos, os nomes de origem das unidades geradoras de energia elétrica, atrelados às regiões onde estão instaladas.

Em seu site, a Petrobras informa a propriedade de 20 usinas térmicas, metade delas com nomes de políticos, intelectuais e artistas. São elas Rômulo Almeida (BA), Celso Furtado (BA), Jesus Soares Pereira (RN), Aureliano Chaves (MG), Luís Carlos Prestes (MS), Mario Lago (RJ), Governador Leonel Brizola (RJ), Barbosa Lima Sobrinho (RJ) e Fernando Gasparian (SP), Euzébio Rocha (SP).

A informação foi antecipada pelo colunista Ancelmo Gois, no jornal O Globo. A empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, justifica a mudança como sendo uma exigência do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para que os nomes sejam registrados.

"A solicitação foi feita pela Petrobras para facilitar o registro dos nomes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O art. 124, inciso XV, da Lei de Propriedade Industrial diz que não são registráveis 'o nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores'. Com a mudança, a maioria volta a ter o nome original, que faz referência à região onde a usina está localizada", informou a empresa em nota.