Estatais federais já pagaram R$ 16,3 bi em dividendos para União até setembro
Esse resultado ainda pode aumentar até o fim do ano, afirmou o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia, Fernando Antonio Ribeiro Soares. "São dividendos estruturais, que vêm de resultados efetivos das empresas, decorrentes de reestruturação, ajustes, corte de custos e desinvestimentos", comentou.
A soma de dividendos de janeiro a setembro também supera todo o valor pago nos anos de 2015, 2016 e 2017, respectivamente R$ 14,5 bilhões, R$ 3,7 bilhões e R$ 7,4 bilhões. Esses recursos entram no caixa do Tesouro Nacional e ajudam a reduzir o déficit primário.
Os aportes da União ao conjunto de estatais, por outro lado, atingiram o menor valor desde 2012. Até o terceiro trimestre, foram R$ 1,5 bilhão. Há sete anos, foram R$ 700 milhões. Os dados integram o Boletim das Empresas Estatais Federais do terceiro trimestre.
Os cortes, aliados aos desinvestimentos - vendas de subsidiárias -, contribuíram também para a redução do endividamento do conjunto das empresas federais.
O pico, em 2015, foi de R$ 544 bilhões, valor que caiu para R$ 325 bilhões no terceiro trimestre deste ano. De acordo com Soares, a maior contribuição veio da Petrobras, que tem apostado na venda de ativos para reduzir a dívida e privilegiar a exploração de petróleo em águas profundas.
A venda de subsidiárias elevou o lucro das companhias. O resultado líquido no terceiro trimestre das cinco maiores estatais atingiu R$ 85,192 bilhões, ante R$ 50,207 bilhões no mesmo período do ano passado. As estatais dependentes ainda não fecharam seus resultados para o período. "É claro que o mercado como um todo está crescendo, mas tem muita coisa boa sendo feita nas estatais, o que justifica também esse resultado", disse Soares.
Um dos maiores alvos das políticas de corte de custos, o número de empregados do conjunto de estatais federais também caiu. No terceiro trimestre deste ano, o contingente era de 481.850, ante 496.412 em 2018. O pico foi em 2014, quando havia 552.856 funcionários, e desde então o número cai ano a ano.
"Continuamos firmes no trabalho de enxugamento de pessoal", disse Soares. Nos últimos três anos, a despesa com pessoal caiu tanto em termos nominais quanto reais, e os reajustes salariais também ficaram abaixo da inflação - exceto aqueles aprovados em convenções coletivas ou determinados por decisões judiciais. "O objetivo é efetivamente reduzir as despesas com pessoal, e não tirar pessoas", afirmou Soares.
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