PIB da China deve ter no 1º tri a primeira queda em 40 anos, prevê estudo
O PIB (Produto Interno Bruto) da China deverá registrar no primeiro trimestre a sua primeira queda em quarenta anos, mostra o estudo "Perspectivas do desenvolvimento econômico chinês pós-covid-19 e impactos para a economia brasileira", elaborado pela Inovasia Consulting.
"O que já se sabe sobre os efeitos da covid-19 na economia chinesa é que o PIB chinês terá a primeira retração em quatro décadas no 1º trimestre de 2020 e, no ano, a meta de crescer 6% deve ser reduzida para 4,5%", diz o relatório.
Ainda de acordo com o estudo, as empresas vivem em compasso de espera, aguardando a reabertura do Congresso chinês, quando medidas anticíclicas de apoio às médias empresas e estímulo ao consumo das famílias devem orientar a reação do setor privado.
Desafios
O estudo mostra ainda que grandes empresas do setor de turismo e entretenimento já anunciaram processos de recuperação judicial.
A análise aponta que, sem política pública de incentivo à atividade econômica, as falências em 2020 devem superar números negativos registrados na crise de 2008.
Consumo
Segundo o estudo, o consumo de petróleo na China recua 30% no início de 2020 e deve seguir baixo ao longo do ano. Já a demanda por minérios seguirá estável, uma vez que grandes obras de infraestrutura foram retomadas no país.
A pesquisa ressalta ainda que associações exportadoras de classe no Brasil indicam que pedidos de proteína animal na China continuam em alta e não devem ser afetados pela crise da covid-19.
O maior desafio são as interrupções logísticas e eventual acordo chinês com produtores de frango nos Estados Unidos, o que prejudicaria exportações brasileiras.
Segundo o estudo da Ivovasia Consulting, o país asiático segue com necessidade de abastecer sua indústria de carnes, uma vez que a "gripe africana" que levou ao abate em massa de suínos, na China, não foi superada.
O estudo destaca também que fábricas chinesas voltam a operar perto de sua capacidade máxima. No entanto, fabricantes locais temem acelerar sua produção de componentes, já que o cenário internacional mostra desaquecimento. Há temor de que investimentos na produção não se paguem, se a demanda no Ocidente não for retomada.
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