Veículos e alimentação/bebidas puxam queda na indústria de SP; petróleo segura RJ
Mais cedo, o IBGE informou que o tombo de 9,1% na produção industrial na passagem de fevereiro para março foi verificado em todos os 15 locais pesquisados, conforme a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional.
A queda de produção na indústria paulista, assim como ocorreu na média nacional, cujos dados foram divulgados na semana passada, foi a maior desde maio de 2018, quando a greve dos caminhoneiros paralisou a atividade. Naquela ocasião, a indústria de São Paulo perdeu 12,4% ante abril de 2018.
Individualmente, a indústria paulista responde por 34% da produção nacional. "14 das 18 atividades da indústria paulista obtiveram resultados negativos", afirmou Monteiro.
Além de São Paulo, o desempenho dos parques industriais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com quedas recordes de 20,1% e 17,9%, respectivamente, puxaram o tombo na indústria nacional. Na indústria gaúcha, a produção de veículos e na cadeia de couro e calçados puxaram o desempenho negativo. No caso catarinense, o destaque negativo ficou com a indústria têxtil e de vestuário.
O desempenho da indústria do Rio, que responde por 10,5% da produção nacional, logo após a indústria mineira, com 11%, chamou atenção positivamente. A queda ante fevereiro foi de apenas 1,3% e, ante março de 2019, houve avanço de 9,4% na indústria fluminense, em movimento puxado pelo setor de petróleo e gás.
"A queda no Rio não foi tão acentuada (na passagem de fevereiro para março) porque temos setores que vêm influenciando positivamente, por causa de sua estratégia de produção", afirmou Monteiro.
O desempenho positivo foi verificado tanto na extração de petróleo quanto na produção de derivados, como combustíveis e insumos petroquímicos. O setor de petróleo e gás também segurou a indústria da Bahia, cuja produção encolheu 5,0% na passagem de fevereiro para março, mas avançou 5,8% em relação a março de 2019.
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