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Guerra comercial com a China custou aos EUA 245 mil empregos, mostra Oxford Economics

Mulher trabalha na fábrica de sapatos Huajian International, que faz sapatos para Ivanka Trump e outros designers, em Dongguan, na China  - GILLES SABRIÈ/NYT
Mulher trabalha na fábrica de sapatos Huajian International, que faz sapatos para Ivanka Trump e outros designers, em Dongguan, na China Imagem: GILLES SABRIÈ/NYT

André Marinho

São Paulo

15/01/2021 10h03

A guerra comercial travada com China custou aos Estados Unidos cerca de 245 mil empregos, estima a Oxford Economics, em relatório produzido em parceria com o Conselho Empresarial EUA-China. O estudo conclui que o conflito não ajudou a conquistar os objetivos estabelecidos pelo governo do presidente americano, Donald Trump.

De acordo com o documento, a fase 1 do acordo firmado no ano passado entre as duas potências não resultou em uma diminuição das tarifas. "Embora o acordo tenha resultado em progressos importantes nas áreas de barreiras comerciais de longa data na agricultura, finanças, serviços e proteção de propriedade intelectual, ele fracassou em abordar uma série de preocupações da administração sobre as disciplinas de empresas estatais chinesas, distorção de subsídios, dados e cibersegurança", explica.

A análise exorta o governo do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, a reduzir a temperatura das tensões com a segunda maior economia do planeta. Em um cenário de escalada das disputas, a consultoria prevê que o país acrescentaria US$ 1,6 trilhão a menos ao PIB nos próximos cinco anos e produziria 320 mil menos empregos até 2025.

"Além de um choque significativo de curto prazo na produção econômica, um dos efeitos de longo prazo seriam um PIB permanentemente menor, refletindo menor produtividade econômica", destaca.