Santander faz aquisições e entra no ramo da assinatura de carros
Atento a um mercado que vem crescendo no Brasil e às mudanças do setor de mobilidade urbana, o Santander adquiriu o controle de duas empresas com perfil digital. Uma delas é a startup Solution4fleet, plataforma que oferece solução para assinatura de veículos. A segunda aquisição, feita por meio do site Webmotors, foi da Car10, um marketplace que reúne hoje 80 mil oficinas.
Posicionando-se em negócios digitais ligados ao setor automotivo, o Santander já analisa outras aquisições, disse o diretor da financiadora do Santander, André Novaes.
Das aquisições anunciadas, o Santander comprou 80% da Solution4fleet e 67% da Car10. Os valores não foram anunciados, e as transações ainda precisam passar pelo aval do Banco Central.
A ideia por trás das aquisições é dar mais musculatura a um segmento que tem crescido dentro do Santander Brasil — o financiamento de veículos —, acoplando novas soluções e serviços. A ideia é manter o cliente próximo à instituição financeira não só no momento da aquisição do carro. O diretor do Santander aponta que o banco se posiciona para as mudanças no mercado, algo que ficou ainda mais evidente ao longo da pandemia.
A assinatura de veículos não será feita, contudo, diretamente pelo Santander. Com a Solution4Fleet, o Santander oferecerá a solução a parceiros. "O mercado de assinaturas está em franca ascensão, e a nova geração tem trazido um pouco menos desse conceito de propriedade e de pagar pelo uso."
O mercado de assinaturas de veículos de longo prazo — de 24 a 36 meses — já era comum no meio corporativo, mas vem crescendo entre as pessoas físicas. O executivo frisa que a assinatura, por ser um contrato longo, se assemelha aos contratos de financiamento de veículos.
Eduardo Jurcevic, presidente do portal Webmotors, empresa da qual o Santander Brasil possui 70%, aponta que a Car10 vem para complementar as soluções que hoje já existem na plataforma. "Nossa estratégia vai além dos classificados. Complementa muito a nossa estratégia e abre espaço para atuação no ciclo de vida completo do carro."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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