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Brasil tinha 38,964 milhões atuando na informalidade no trimestre até outubro

Rio

30/11/2022 15h25

Principal motor do crescimento da ocupação ao longo dos trimestres de retomada da economia após a crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, a informalidade do mercado de trabalho caiu no trimestre móvel terminado em outubro, mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

O total de trabalhadores informais foi de 38,964 milhões no período de agosto a outubro. Na comparação com o trimestre móvel terminado em julho, houve uma redução de 329 mil pessoas no contingente de trabalhadores informais, enquanto o número total de ocupados avançou, com empregos formais. Na comparação com um ano antes, são 753 mil pessoas a mais de ocupações tidas como informais.

Com isso, a taxa de informalidade ficou em 39,1% do total da população ocupada no trimestre móvel encerrado em outubro, abaixo tanto dos 39,8% do trimestre móvel imediatamente anterior quanto dos 40,7% de igual período de 2021.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a redução da informalidade foi motivada pelo aumento do número de empregos com carteira assinada no setor privado. Mesmo assim, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, 13,372 milhões, com crescimento de 11,8% ante um ano antes, atingiu o maior nível desde o início da série histórica da Pnad, iniciada em 2012.

A queda da informalidade foi puxada também pela redução no total de trabalhadores por conta própria - normalmente, esses empregados trabalham na informalidade. Eles somaram 25,410 milhões no trimestre móvel até outubro.

Na comparação com o trimestre móvel até julho, o número de ocupados por conta própria caiu em 462 mil pessoas, recuo de 1,8%. Na comparação com igual período de 2021, são 227 mil trabalhadores por conta própria a menos, queda de 0,9%.

Por conta dessa dinâmica, Adriana Beringuy afirmou que o nível recorde do contingente de empregados sem carteira no setor privado não aponta para piora na qualidade do mercado de trabalho.