Petróleo reverte ganhos e fecha em queda, com incertezas e dólar em alta
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em queda de 1,64% (US$ 1,33), a US$ 79,68 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 1,0% (US$ 0,88), a US$ 86,40 o barril. Na variação semanal, as quedas forma de 2,4% e 1,40%, respectivamente.
Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, as cotações do petróleo oscilam ao redor do nível de US$ 80 por barril, à medida que o mercado busca clareza em relação aos próximos passos do Federal Reserve (Fed) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep).
"Outra rodada de dados dos EUA mostrou o potencial de pouso suave, mas isso provavelmente terminará com um Fed hawkish que está determinado a reduzir a inflação", afirmou.
A publicação de indicadores de gastos com consumo e renda pessoal dos EUA fez, inclusive, com que a Capital Economics cortasse suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre de 2023, destacando que o país pode já estar em recessão, o que preocupa a demanda sobre o petróleo.
Entretanto, apesar dos riscos de uma contração das principais economias, o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou hoje, em evento, que os preços do petróleo ainda poderão subir no mercado internacional.
Já na visão da Ritterbusch, investidores também aguardam a reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) da próxima semana e a próxima decisão do Federal Reserve (Fed). Segundo análise, os mercados "ainda podem precisar precificar alguma redução na produção de petróleo russo, dada a dificuldade esperada em adquirir clientes alternativos para combustível diesel e à medida que a disponibilidade de petroleiros se torna um problema maior".
Hoje, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que o país e a União Europeia estão discutindo sobre o limite de preço para o petróleo da Rússia.
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