Haddad diz não ver razão para ruído no mercado com meta fiscal e cita cenário externo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não vê razão para ruído no mercado financeiro em decorrência da mudança da meta fiscal para os próximos anos. O alvo de 2025 foi diminuído de um superávit de 0,5% do PIB para zero. Para este ano, foi mantida a meta de zero. Já a de 2026 caiu de 1% para 0,25%.

"O ajuste que foi feito para, à luz do aprendizado de mais de um ano, nós estabelecermos uma trajetória que está completamente em linha com o que se espera no médio prazo de estabilidade da dívida", explicou a Haddad, a jornalistas em Washington DC, nos Estados Unidos.

Quanto aos efeitos da mudança da meta no mercado, com o dólar se valorizando em relação ao real, ele atribuiu às más notícias no exterior, com a escalada dos conflitos no Oriente Médio, e disse que via razão para ruídos com os novos alvos do governo.

"Eu não vejo realmente razão. Estamos vendo a turbulência da semana e esta não é a primeira que o Brasil passa por um ambiente assim", acrescentou o ministro.

Haddad disse ainda que no governo de Jair Bolsonaro o dólar bateu R$ 6,00 e a taxa de juro futura subiu "enormemente". "Essas coisas se acomodam depois", concluiu.