Brasileiros encerram 2024 com arrecadação recorde de R$ 3,6 tri em impostos, diz ACSP

O Impostômetro, painel icônico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alcançou a marca inédita de R$ 3,6 trilhões à 1h55 do domingo, 29. O montante reflete a soma de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início do ano, abrangendo as esferas federal, estadual e municipal, além de multas e correções monetárias.

O valor representa um crescimento de 18,4% em relação aos R$ 3,04 trilhões registrados no mesmo período de 2023.

Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o aumento é atribuído a uma combinação de fatores: maior atividade econômica, elevação da renda e geração de empregos, além de impactos como a inflação e ajustes tributários recentes.

Consumo e inflação

"O aumento da arrecadação, seja estadual, federal ou municipal, está diretamente ligado ao crescimento da atividade econômica", afirma o economista da associação. "Nosso sistema tributário é baseado no consumo, então, com a expansão da atividade econômica, especialmente impulsionada pelo consumo, a arrecadação cresce. Além disso, como muitos impostos são cobrados sobre os preços, a inflação também contribui para esse aumento."

Outro elemento destacado pelo economista foi a elevação das alíquotas do ICMS em diversos estados, uma medida estratégica para aumentar a participação na arrecadação futura do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

O IBS substituirá o ICMS e outros tributos no âmbito da reforma tributária, trazendo novas regras para a partilha dos recursos.

O Impostômetro fica localizado na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo. A ferramenta também está disponível online pelo site impostometro.com.br, permitindo que a população acompanhe em tempo real os valores arrecadados nas três esferas de governo.

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