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Emergentes gastam menos com produtos de saúde e mais com celulares

18/01/2012 15h12

SÃO PAULO – Os consumidores dos países emergentes estão diminuindo o consumo de itens como calçados esportivos, produtos de limpeza para casa e higiene pessoal e gastando mais com celulares, computadores, cosméticos e educação.

É o que revela o estudo feito pelo Credit Suisse - Second Annual Emerging Consumer Survey, divulgado na última terça-feira (17), que analisou o comportamento dos consumidores dos principais países emergentes.

Emergentes
As categorias de calçados esportivos e vestuário mostraram forte queda nos mercados analisados. Os produtos destinados ao cuidado da saúde também foram menos consumidos. De acordo com o estudo, a queda pode ser um reflexo da melhora dos serviços de saúde.

Apesar dessa explicação, na prática, as maiores quedas nos gastos com esse tipo de produto foram observadas em países com renda mais baixa. Isso sugere basicamente que a redução dos gastos com produtos para a saúde aconteceu por conta do aumento dos preços dos alimentos, que acabou transferindo os gastos de um item para outro.

Nos países emergentes, nota-se também que as pessoas estão deixando de ser proprietárias de imóveis. A queda acontece na comparação entre a pesquisa atual e a última, realizada em 2010. Os dados mostram que, na comparação entre os dois períodos, na China e na Rússia, houve estabilidade quanto ao status de proprietário. Já na Índia e no Brasil, ele se reduziu significativamente.

Celulares
Quando o assunto são os dispositivos móveis, a pesquisa revelou que, nos países com menor renda, há um grande aumento nos gastos com celulares tradicionais. Já nas nações emergentes com mais renda, os gastos com smartphones são mais elevados. Esses aparelhos mostraram-se bastante populares no Brasil e na China, por exemplo.

Computadores e acesso à internet também vêm apresentando grande adesão nos países emergentes. Os gastos mais altos com tais itens, porém, não foram observados na China, mas sim no Brasil e na Arábia Saudita.

O consumo de cosméticos foi impulsionado principalmente pelos grupos de menor renda no Brasil. Os grupos de renda maior, que tradicionalmente já gastavam com esses produtos, também mantiveram seus gastos. Os brasileiros são os que mais gastam com produtos para o cuidado da pele. Por aqui, 86% dos entrevistados afirmaram que gastaram com tal item nos últimos três meses.

Por fim, os gastos com educação também cresceram bastante nos países emergentes. A maior parte dos recursos foi destinada ao ensino privado, revela o levantamento.