Investimentos estrangeiros diretos caem no mês, mas crescem 90% no ano
O Brasil recebeu US$ 56 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED) nos primeiros dez meses deste ano, segundo o Banco Central. Isso representa um aumento de 90,83% em relação ao resultado no mesmo período do ano passado: US$ 29,345 bilhões.
Só em outubro deste ano, foram US$ 5,55 bilhões, mais do que os US$ 4 bilhões projetados pela autoridade monetária para o mês. Porém, o volume caiu quando comparados apenas os meses de outubro, pois no ano passado ficou em US$ 6,788 bilhões.
O BC projeta que os investimentos estrangeiros diretos somarão US$ 4 bilhões em novembro. Até o dia 22 deste mês, já estavam em US$ 2,8 bilhões.
Em 2011 como um todo, a perspectiva é de que o país receba US$ 60 bilhões, pelos cálculos do BC.
No ano passado, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o país foi menor, situando-se em US$ 48,438 bilhões de janeiro a dezembro e em US$ 29,345 bilhões de janeiro a outubro.
Modalidades de investimento estrangeiro direto
As aquisições de participações societárias, uma das duas modalidades de IED, totalizaram US$ 45,883 bilhões nos primeiros dez meses de 2011, dos quais US$ 5,671 bilhões em outubro. No ano passado, os valores foram, respectivamente, de US$ 24,395 e de US$ 4,117 bilhões.
O IED na forma de empréstimos intercompanhias alcançou US$ 10,118 bilhões nesses dez meses, superando a cifra de igual período de 2010, de US$ 4,95 bilhões. Em outubro especificamente, o fluxo foi negativo nessa modalidade, em US$ 120 milhões, ante superávit de US$ 2,672 bilhões no mesmo mês do ano anterior.
Os empréstimos intercompanhia, de matrizes estrangeiras para filiais no país, são considerados investimentos diretos porque normalmente o pagamento dessas dívidas sujeita-se às boas condições financeiras do devedor e ainda à conjuntura econômica do país.
(Com informações da Reuters e do Valor)
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