Construtoras culpam falta de mão de obra e chuvas por atrasos na entrega de imóveis
A Ecoesfera Empreendimetos Imobiliários reconhece o atraso nas obras do empreendimento Ecoway Carrão, na zona leste de São Paulo, que levou a consultora ambiental Sandra Satim a ter de esperar quase dois anos pela entrega das chaves.
A empresa afirma, porém, que o atraso não foi diferente daqueles que têm sido percebidos em todo o setor, e foi causado, principalmente, "por falta de mão de obra especializada e excesso de chuvas".
"Os contratos com os clientes foram renegociados e eles foram constantemente informados do cronograma de entrega", diz a Ecoesfera. A informação contradiz a consumidora, que reclama de não ter tido informações da empresa no decorrer do período de espera.
Ainda segundo a Ecoesfera, a unidade de Sandra Satim foi liberada para vistoria na semana de 5 de agosto de 2011. "A partir deste momento, a efetiva entrega de cada unidade ficou condicionada às providências que são de responsabilidade dos adquirentes (compradores), como a regularização da documentação relativa ao crédito para financiamento bancário", diz a nota.
Atrasos devem ser regularizados, diz sindicato
Para o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), o crescimento do número de obras em andamento seria um dos motivos que justificariam os atrasos, além da intensidade das chuvas em 2011, da elevação do investimento em novas tecnologias, do aumento da burocracia do setor público e da necessidade da contratação de mão de obra não especializada, o que atrasa a produção.
O Sinduscon argumenta que os atrasos também prejudicam as construtoras. "Atrasos não interessam às construtoras por lhes serem extremamente prejudiciais, ocasionando perdas financeiras e arranhões às sua imagens", diz o sindicato, em nota.
Segundo o sindicato, a tendência é que as obras em atraso sejam colocadas em dia nos próximos meses.
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