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Avon rejeita oferta de US$ 10 bi da Coty e diz ser 'oportunista'

Shampoo de Laranja
Imagem: Shampoo de Laranja

Do UOL, em São Paulo

02/04/2012 09h28Atualizada em 11/11/2014 18h32

A companhia norte-americana de cosméticos Avon rejeitou nesta segunda-feira (2) uma proposta de compra feita pela francesa Coty, de US$ 10 bilhões em dinheiro.  A Avon afirmou que a proposta "subavalia substancialmente a companhia e é oportunista". 

Mais cedo, a Coty apresentou uma proposta para adquirir a Avon por US$ 23,25 por ação em dinheiro, um prêmio de 20% sobre a cotação de fechamento na sexta-feira.

Ainda segundo a Avon, a indicação de interesse não constitui uma "oferta real". As ações da empresa norte-americana chegaram a subir quase 20% antes da abertura do mercado em Nova York.

A Coty, cujos produtos incluem fragrâncias de celebridades como Lady Gaga e Beyoncé, informou não ter intenção de fazer uma oferta hostil pela empresa de venda direta de cosméticos, mas acrescentou não ter tido "sucesso" em negociar a oferta com a Avon.

Coty diz que pode aumentar a proposta

De origem francesa e atualmente controlada majoritariamente por Joh A Benckiser, a Coty afirmou ter anunciado a oferta após enviar à presidente-executiva da Avon, Andrea Jung, três cartas detalhando a proposta. 

"Não entendemos como a falta de disposição do conselho em discutir nossa proposta pode melhor atender aos interesses dos acionistas da Avon", disse o presidente do conselho da Coty, Bart Becht, em carta a Jung nesta segunda-feira. 

A Coty afirmou ainda que está disposta a elevar a oferta, caso a Avon mostre que há maior valor na companhia, ao abrir os números da empresa. 

Impasse na Avon

As ações da Avon, que vem eliminando empregos, recuaram quase 50 por cento nos últimos 18 meses. A companhia é avaliada em apenas 8 bilhões de dólares atualmente, bem abaixo do pico de 21,8 bilhões de junho de 2004. 

Segundo a Coty, a nova empresa se chamaria "Avon-Coty", sendo que o modelo de venda direta favoreceria suas marcas de cosméticos. 

A Avon está buscando um substituto para Jung, no comando desde 1999. A companhia vem enfrentando queda no número de consultoras de vendas nos Estados Unidos. No período de festas de fim de ano, as vendas caíram em mercados emergentes como Brasil e Rússia. 

(Com informações da Reuters)