Oficiais de elite da Marinha dos EUA são punidos por consultoria a videogame
Sete membros da equipe de elite SEAL da Marinha norte-americana, incluindo um que participou da operação que matou o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, foram repreendidos e multados por divulgar material confidencial para ajudar a produzir um jogo de videogame, disseram autoridades na quinta-feira.
Todos os sete integrantes das forças de operações especiais que foram punidos eram membros da divisão de elite SEAL Team Six, de acordo com a CBS News, que foi a primeira emissora a noticiar as punições. A CBS disse que os sete trabalharam por dois dias no primeiro semestre como consultores pagos para uma empresa de videogame.
Uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, confirmou os detalhes punição. Uma autoridade da Defesa, também falando em condição de anonimato, disse que outros membros da equipe ainda estão sob investigação em ligação com o caso.
Dois chefes do alto escalão de operações especiais e cinco chefes de operações especiais receberam uma reprimenda na quarta-feira por seu envolvimento na produção do jogo intitulado "Medal of Honor: Warfighter", lançado pela Electronic Arts, afirmou um oficial da Marinha, que falou sob condição de anonimato.
Todos os sete foram punidos em um processo administrativo pela divulgação de informações sigilosas e por mau uso de equipamentos de comando durante o trabalho com os produtores do videogame, que anunciam que o jogo é mais preciso por causa da ajuda que tiveram das forças de operações especiais.
Cada um recebeu uma carta punitiva de reprimenda e teve o pagamento cortado pela metade por dois meses, disse uma autoridade da Marinha. Uma autoridade da Defesa disse que todos os funcionários do Pentágono são obrigados a seguir a orientação do Departamento de Defesa sobre empregos externos, uma medida posta em prática para garantir "o melhor comportamento ético".
O almirante Garry Bonelli, vice-comandante do Comando Especial Naval de Guerra, disse que a Marinha trata alegações de má conduta seriamente e também faz cumprir os acordos de confidencialidade assinados por fuzileiros que se juntam às forças de operações especiais.
"Nós não toleramos desvios das políticas que determinam quem somos e o que fazemos como fuzileiros da Marinha dos Estados Unidos", disse ele em um comunicado após a punição administrativa ser proferida.
"As decisões de punição não-judiciais feitas hoje mandam uma clara mensagem por toda a nossa Força que nós temos e teremos um alto padrão de prestação de contas", afirmou.
A punição das sete fuzileiros do SEALS vem cerca de dois meses depois de o Pentágono ameaçou tomar medidas legais contra o ex-SEAL da Marinha dos EUA Matt Bissonnette por escrever um livro não autorizado sobre o ataque de comandos 2011 que matou bin Laden.
(Com informações da Reuters)
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