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Fim de operações da Webjet é irreversível, diz presidente da Gol

Do UOL, em São Paulo

28/11/2012 11h53Atualizada em 28/11/2012 12h37

A companhia aérea Gol descarta reverter sua decisão de encerrar a WebJet, disse nesta quarta-feira (28) o presidente da empresa, Paulo Kakinoff, após encontro com representantes do governo federal.

Na sexta-feira (23), a Gol Linhas Aéreas anunciou o fim das atividades da Webjet e a demissão de 850 empregados entre tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves.

Ontem, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que pretende intermediar um acordo entre a Gol e os funcionários da Webjet a respeito das demissões, e os ex-funcionários da Webjet disseram que vão pedir ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que revise a decisão favorável à fusão entre Gol e Webjet.

Segundo a empresa, os clientes da Webjet com passagens compradas serão atendidos pela Gol, sem qualquer custo adicional.

A Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão das duas empresas em outubro.

Processo de fusão 

Em 10 de outubro, o Cade aprovou a compra da Webjet pela Gol. No entanto, o órgão antitruste impôs restrições ao negócio. As empresas terão que utilizar no mínimo 85% dos slots (autorizações para pouso e decolagem) no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na média por trimestre.

No dia do anúncio das demissões, o Cade esclareceu que é responsável por analisar os efeitos de fusões e aquisições na concorrência de cada setor, e que não tem o poder de intervir na estratégia comercial da empresa.

A compra da Webjet pela Gol foi firmada em agosto do ano passado. O preço total da Webjet, estimado na época, era de R$ 310,7 milhões, sendo R$ 214,7 milhões em dívidas. Mas a Gol informou em março que concluiu a compra por R$ 43 milhões, além de assumir o endividamento.

Cerca de 3.000 pessoas foram demitidas em 2012

Após o corte de quase 3.000 funcionários desde o início do processo de fusão entre as duas empresas, a Gol não prevê novas demissões. Além dos 850 funcionários anunciados nesta sexta-feira, outros 2.000 já tinham sido desligados da empresa neste ano.

"Agora, com a nova estrutura, incluindo desligamento desses 850 colaboradores, nossa estrutura ficará estável em torno de 17 mil colaboradores", afirmou Kakinoff, em teleconferência.

Segundo o executivo, a maioria dos demitidos são membros de tripulação. A Gol irá absorver 450 funcionários da WebJet que atuam principalmente nos aeroportos.

(Com informações da Reuters)