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Economia do governo para pagar juros é a pior para outubro em 2 anos

Do UOL, em São Paulo

29/11/2012 15h13

O governo central (governo federal, Banco Central e Previdência Social) registrou superavit primário -- economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 9,914 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (29). É o pior resultado para o mês desde 2010, quando a economia tinha totalizado R$ 7,797 bilhões.

O superavit primário em outubro foi 13,8% menor do que no mesmo mês do ano passado, quando o governo central havia economizado R$ 11,505 bilhões. Até outubro, o saldo acumulado no ano está positivo em R$ 64,711 bilhões. Já a Previdência Social apresentou, no mesmo período, deficit de R$ 2,818 bilhões, ainda segundo dados do Tesouro.

Em setembro, o superavit foi o pior para o mês em três anos. O esforço fiscal no mês passado somou R$ 1,256 bilhão.

O resultado do mês passado foi reforçado pelo pagamento de R$ 2,415 milhões em dividendos de estatais ao Tesouro Nacional. Os dividendos representam parte dos lucros de uma empresa distribuídos aos acionistas. Como o Tesouro é o maior acionista das estatais, o governo também se beneficia dos pagamentos.

As receitas também tiveram acréscimo de R$ 1,1 bilhão de concessões, principalmente por causa do pagamento relativo ao leilão do serviço de banda larga e de telefonia móvel 4G (quarta geração).

Meta para o ano

Com resultado fiscal ruim decorrente do baixo crescimento da economia e do reflexo na arrecadação, o governo não cumprirá a meta cheia de superavit primário de R$ 139,8 bilhões fixada para o setor público este ano.

O governo admitiu que vai descontar R$ 25,6 bilhões na meta de economia fiscal dos investimentos feitos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de uma margem total de R$ 40,6 bilhões de abatimento prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Além de afetada pelo mau desempenho da economia neste ano, a arrecadação também sentiu o peso das desonerações tributárias feitas pelo governo para estimular a economia que somarão R$ 45 bilhões neste ano.

(Com informações de Reuters e Agência Brasil)