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Cesp: 60% dos funcionários poderão se aposentar até 2015

Do UOL, em São Paulo

07/12/2012 14h26

A Cesp terá cerca de 60% dos funcionários da empresa em condições de se aposentarem até 2015, informou o presidente da Cesp, nesta sexta-feira (7), ao ser questionado sobre corte de empregados em consequência da não renovação das concessões de 70% de sua capacidade de gerar energia.

"Dos 1.240 funcionários, cerca de 60% estariam nessas condições (de se aposentar até 2015)", disse o executivo, Mauro Arce, a jornalistas.

A Cesp decidiu não renovar as concessões das hidrelétricas Três Irmãos, Ilha Solteira e Jupiá, que representam cerca 70% da capacidade de geração de energia da companhia.

Arce disse na quinta-feira que a empresa deverá cortar 50% dos custos na empresa como consequência da não renovação das concessões das usinas. Ele disse que seria possível operar com cerca de 700 funcionários, dentro das novas condições da empresa.

O que as concessões das elétricas têm a ver com a conta de luz mais barata?

Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.

Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam entre 2015 e 2017. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.

Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro.   

Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro.

(Com informações da Reuters)