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Presidente da Pirelli é condenado por espionagem no caso Brasil Telecom

O executivo italiano Marco Tronchetti Provera, que comandou a TIM entre 2001 e 2006 - Carlo Cerchioli/AFP
O executivo italiano Marco Tronchetti Provera, que comandou a TIM entre 2001 e 2006 Imagem: Carlo Cerchioli/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/07/2013 09h45Atualizada em 17/07/2013 16h54

O presidente do conselho da fabricante italiana de pneus Pirelli, Marco Tronchetti Provera, recebeu uma pena de 20 meses de prisão nesta quarta-feira (17), pelo tribunal de Milão.

Ele foi condenado por receber dados roubados quando era presidente da Telecom Italia (TIM). Na época, ela disputava o controle da empresa de telefonia Brasil Telecom, hoje Oi. Outro que disputava o controle da Brasil Telecom era o banco Opportunity, comandado por Daniel Dantas.

O processo na Justiça começou depois de vir à tona um escândalo de venda de informações privilegiadas. Tronchetti foi acusado de receber, em 2004, informações roubadas de uma agência de segurança no Brasil sobre as atividades do banco Opportunity. 

O executivo italiano sempre negou irregularidades, afirmando que entregou as informações sigilosas para as autoridades, após tê-la recebido de forma anônima.

Com o escândalo, a Telecom Italia desistiu de tentar assumir o controle da Brasil Telecom.

Executivo irá recorrer da sentença

Um dos empresários mais importantes da Itália, Tronchetti Provera comandou a Telecom Italia entre 2001 e 2006. Ele também foi condenado a pagar 900.000 euros (US$ 1,18 milhão) à empresa de telecomunicações.

Em nota, o executivo afirma que "não deixará de esclarecer que foi condenado por ter denunciado quem estava espionando".

"Entrarei com recurso, convencido de que a verdade emergirá. Estou seguro de que a verdade dos fatos será reconhecida também pela Justiça. Sigo em frente com paciência e determinação", disse Tronchetti Provera.

Um advogado de Tronchetti Provera, que nega qualquer irregularidade, disse que vai recorrer da sentença. A decisão não terá efeito até que o processo de apelação seja esgotado.

(Com Reuters)