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Lucro do Pão de Açúcar recua 68,6% no 2º trimestre, para R$ 77 milhões

Do UOL, em São Paulo

24/07/2013 08h44

O Grupo Pão de Açúcar, maior rede de varejo do país, teve uma queda anual de 68,6% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 77 milhões, afetado pelo aumento nas despesas operacionais. O resultado, abaixo do esperado por analistas, foi divulgado na noite desta terça-feira (23).

Se for considerado o lucro líquido atribuível aos sócios da empresa controladora, base para a distribuição de dividendos, a queda é ainda maior: de 83,4%, para R$ 42,090 milhões, ante R$ 254,649 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

O lucro bruto no segundo trimestre atingiu R$ 3,550 bilhões, comparado a R$ 3,229 bilhões no mesmo período do ano passado, um avanço de 9,9%.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 609 milhões, ante R$ 801 milhões na comparação anual, recuo de 24%.

A receita líquida foi de R$ 13,382 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 12,037 bilhões no mesmo período de 2012, o que representa uma alta de 11,1%. Porém, as despesas operacionais avançaram em maior ritmo. As despesas da companhia cresceram 20,1% no segundo trimestre deste ano, para R$ 3,155 bilhões, ante R$ 2,626 bilhões no mesmo período de 2012.

Se considerada apenas a atividade de varejo, com exclusão dos empreendimentos imobiliários, os resultados são um pouco menos ruins para a companhia, com lucro líquido passando de R$ 147 milhões de reais para R$ 77 milhões entre abril e junho deste ano, recuo de 47,4%. Já o Ebitda caiu de R$ 703 milhões para R$ 609 milhões, queda de 13,4%.

A companhia destacou em comunicado que a linha "outras despesas operacionais" somou 350 milhões de reais, com o provisionamento de riscos tributários de 163 milhões de reais, e o impacto de 67 milhões com trabalhos de consultores externos contratados para analisar os lançamentos contábeis relacionados à associação entre Pontofrio e Casas Bahia. Um ano antes o resultado desta linha havia sido praticamente nulo.

Gastos com reestruturação e resultado com ativo imobilizado (51 milhões), e provisões relacionadas a riscos trabalhistas e outros (69 milhões) também ajudaram a corroer os ganhos da empresa.

"A administração espera um avanço na redução das despesas operacionais ao longo do ano que poderá ser revertida em preços mais baixos ao consumidor para incrementar o tráfego nas lojas", disse a companhia no balanço.

(Com Reuters e Valor)