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Mineradora e petroleira de Eike adiam divulgação de balanços

Do UOL, em São Paulo

13/11/2013 08h52

A mineradora do empresário Eike Batista, a MMX (MMXM3) anunciou nesta quarta-feira (13) que vai adiar a divulgação do balanço trimestral, que estava marcado para hoje após o fechamento do mercado.

Segundo a empresa, o balanço das operações do 3º trimestre deste ano deve ser divulgado até o dia 25 de novembro. 

A companhia informou que diante do processo de revisão de seu plano de negócios, precisa de "prazo maior para revisão das referidas informações pela auditoria independente".

No início deste mês, a empresa anunciou a venda de operação no Chile, após acordo em outubro para passar o controle do Porto Sudeste, um de seus principais ativos, para a trading holandesa Trafigura Beheer e para o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala.

Outros balanços

Estava prevista para hoje a divulgação do balanço da petroleira OGX (OGXP3), mas a empresa também adiou o anúncio, para 22 de novembro. Dos balanços que estavam previstos, só a empresa de logística LLX (LLXL3) deve divulgar seus resultados nesta quarta.

Segundo a empresa, o adiamento acontece porque é preciso mais tempo "para revisão das referidas informações pela Auditoria Independente, tendo em vista os recentes acontecimentos de venda de participação da OGX na OGX Maranhão Petróleo e Gás S.A. para Cambuhy Investimentos Ltda. e entrada no pedido de recuperação judicial pela OGX Petróleo e Gás Participações S.A. e suas controladas, OGX International GmbH e OGX Austria GmbH".

Recuperação judicial

A OGX, que já foi a principal empresa do grupo de Eike, entrou com pedido de recuperação judicial no fim de outubro, depois de meses de negociação, sem acordo, com seus credores. É o maior processo de recuperação judicial já feito no Brasil. As dívidas da OGX somam US$ 5 bilhões.

A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise, mas acreditam ter chances de sobreviver se forem acionadas algumas medidas. 

A crise da petroleira ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. A virada foi no início de julho, quando a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas de exploração na bacia de Campos, antes consideradas promissoras.