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Telexfree entra com pedido de 'concordata' nos EUA

Do UOL, em São Paulo

14/04/2014 18h50

A sede da empresa Telexfree nos Estados Unidos e algumas de suas subsidiárias e afiliadas (TelexFree LLC, TelexFree Inc. e TelexFree Financial Inc.) anunciaram que entraram com pedidos de recuperação judicial (antiga concordata no Brasil e que nos EUA é chamada de proteção contra a falência) no Tribunal de Falências do Distrito de Nevada, nos Estados Unidos, neste domingo (13).

O pedido foi feito com base no capítulo 11 da Lei de Falências americana, que permite a reorganização e reestruturação das dívidas enquanto a companhia continua a operar seu negócio. É uma forma de a empresa ganhar tempo para conseguir pagar o que deve. Caberá ao juiz August B. Landis, deste tribunal, aceitar ou não o pedido.

A empresa, que vende planos de minutos de telefonia pela internet, foi proibida de operar no Brasil no final de junho passado, sob suspeita de praticar pirâmide financeira. 

Em nota divulgada nesta segunda-feira (14), a norte-americana Telexfree LLC anunciou a intenção de reestruturar suas dívidas e de promover novos produtos, incluindo a criação de aplicativos, para voltar a ter crescimento na base de clientes.

Para isso, a companhia afirmou, em nota, que “espera ter dinheiro em caixa para sua reorganização e para manter os serviços aos seus clientes”.

Segundo Stuart MacMillan, diretor-executivo interino da Telexfree nos Estados Unidos, a companhia continuará a oferecer seus serviços de forma global.

"Nós antecipamos que nossas operações globais continuarão a fornecer serviços aos nossos clientes e produtos de alta qualidade”, disse, em nota.

No Brasil, empresa é suspeita de pirâmide financeira

A Telexfree atua no Brasil desde março de 2012. Porém, segundo a acusação da Justiça, isso seria apenas uma fachada. A operação do negócio está bloqueada no país por tempo indeterminado, a pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC). 

A empresa é investigada por indícios de formação de pirâmide financeira, modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores.

Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

Em notas anteriores, a empresa disse que está se defendendo de forma vigorosa das acusações e que tem apresentado sua defesa juntando aos processos todos os documentos necessários, de modo que comprove a regularidade e a viabilidade econômica de suas atividades.