Protestos de caminhoneiros perdem força no RS com intervenção policial
As manifestações de caminhoneiros autônomos nas estradas do Rio Grande do Sul perderam força na manhã desta terça-feira (10) depois que as polícias rodoviárias estadual e federal decidiram intervir nos bloqueios que persistiam pela manhã. Segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária da Brigada Militar (BPR), há apenas dois trechos com protestos nas rodovias estaduais nesta manhã.
Os pontos de protesto estão concentrados na RS-223, em Ibirubá (região norte), e na RS-287, em Santa Cruz do Sul (região central). Apenas veículos de passeio, motos e ambulâncias têm trânsito livre - assim como caminhões com cargas perecíveis, que também são liberados. Os demais caminhoneiros são abordados e orientados a parar no acostamento ou em postos de combustíveis.
Polícia registrou queima de pneus e apedrejamentos
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou o efetivo de policiais nas rodovias federais depois do registro de queima de pneus e casos de apedrejamentos de veículos ocorridos na madrugada desta terça-feira. Houve registro de ataque a caminhões estacionados em um posto de combustível nas margens da BR-116, em Camaquã (sul do Estado).
Um caminhoneiro, segundo a PRF, também foi atingido por uma pedra e tombou o caminhão no começo da noite de segunda-feira na BR 101, em Três Cachoeiras (litoral norte). O motorista relatou que furou o bloqueio dos manifestantes e foi perseguido. As duas rodovias estão sem bloqueios ou manifestações.
De acordo com a corporação, há protestos com caminhões estacionados no acostamento em sete trechos de rodovias federais no Rio Grande do Sul – nenhum deles com interdição de pista. As manifestações se concentram na região norte do Estado, especialmente na BR-285.
O protesto mais grave no Estado ocorreu nesta manhã na RS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha. Por volta de 9h30, ônibus e vans chegaram a ser impedidas de trafegarem. O Ministério Público (MP) obteve uma liminar na Justiça para desbloquear a estrada, que estipulou multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento.
De acordo com despacho da juíza Zenaide Pozenato Menegat, qualquer prática de constrangimento a motoristas de veículos, seja de transporte de carga ou não, que não tenham interesse ou vontade de participar do movimento e dos protestos, em garantia ao direito de liberdade de locomoção, deve ser proibida.
Os caminhoneiros que realizarem protestos interrompendo rodovias poderão ser multados em R$ 1.915. A determinação foi firmada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao comentar os protestos que atingiram 11 Estados na segunda-feira (9).
A orientação, prevista na legislação de trânsito brasileira, já foi repassada à PRF que, além de aplicar as multas, poderá desobstruir as estradas e garantir a segurança dos motoristas que não quiserem aderir ao movimento.
Protesto pede saída de Dilma
Os protestos foram liderados pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), que diz ser um movimento independente e apartidário e que pede a saída da presidente Dilma Rousseff.
Sindicatos que representam os caminhoneiros, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, se posicionaram contra os protestos.
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