Produtividade no Brasil está estagnada há 35 anos, desde 1981, diz estudo
A produtividade do trabalho no Brasil cresceu 3,5% ao ano entre 1950 e 1980, mas não melhorou nada dos anos 1980 até hoje, aponta um estudo elaborado pelo banco Credit Suisse.
Segundo o levantamento, no acumulado entre 1981 e 2016, ou seja, em 35 anos, a produtividade nas empresas brasileiras ficou estagnada:
- O pior período foi entre 1981 e 1990, quando a taxa de produtividade no país caiu 2% ao ano;
- Nas duas décadas seguintes (de 1991 a 2010), houve crescimento acumulado de 2,8%;
- Entre 2011 e 2016, houve uma nova queda, de 1,1%.
Entre os motivos, estão o baixo uso de tecnologias nas empresas e o peso dos impostos, segundo o Credit Suisse.
Aumento de renda vai depender mais da produtividade
A renda per capita (por pessoa) cresceu, segundo o estudo:
- 3,9% ao ano, em média, entre 1950 e 1980;
- 0,7% ao ano, em média, entre 1981 e 2016.
De acordo com o banco, a renda do trabalhador depende de dois fatores:
- da taxa de emprego;
- e da produtividade.
No caso brasileiro, a alta de renda no período analisado foi puxada pelo aumento na taxa de emprego: de 37,6%, em 1950, para 52%, em 2016 --considerada uma taxa relativamente alta, se comparada à de outros países, diz o banco. Por isso, nos próximos anos, não se deve esperar alta significativa na taxa de emprego.
"Os resultados sugerem que o crescimento da renda per capita no Brasil será ainda mais dependente da dinâmica da produtividade nos próximos anos", conclui o Credit Suisse.
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