Carne Fraca: Decisão da China é reconhecimento de confiabilidade, diz Temer
O presidente Michel Temer comemorou, neste sábado (25), a reabertura do mercado chinês às importações de carne brasileira, anunciada mais cedo pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
"A decisão do governo da China de reabrir o seu mercado à proteína animal produzida no Brasil é o reconhecimento da confiabilidade de nosso sistema de defesa agropecuária", informou, em nota.
Temer afirmou que o Brasil "construiu grande reputação internacional neste segmento" e mostrou otimismo em relação às restrições impostas por outros países à carne brasileira. "Estamos plenamente confiantes que outros países seguirão o exemplo da China."
Reabertura
A China reabriu o mercado para as importações de carne brasileira, afirmou nesta manhã o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, após intensa mobilização do governo para a retomada dos desembaraços aduaneiros no país.
"A liberação é um esforço gigante que foi feito aqui no Brasil com as explicações, de mostrar que as investigações estavam numa direção de investigar conduta de pessoas, comportamento de pessoas, desvio de conduta das pessoas", disse Maggi à agência Reuters por telefone, ressalvando que a decisão ainda não foi oficializada.
Duas fontes em Pequim disseram que as alfândegas chinesas permitirão a entrada de carne brasileira, exceto produtos provenientes de uma planta de processamento que permanece suspensa. As importações brasileiras de carne já começaram a ser liberadas em Xangai, afirmou uma das fontes.
Fiscais investigados
As autoridades chinesas também decidiram que a carne aprovada por qualquer um dos sete fiscais investigados na operação Carne Fraca, da Polícia Federal, não seria permitida no país, acrescentaram as fontes.
Segundo o ministro, apenas as unidades que o próprio Brasil suspendeu não poderão vender ao parceiro asiático, que foi no ano passado o maior mercado de exportação para a carne brasileira, com compras que somaram US$ 1,75 bilhão.
Ele também confirmou que China bloqueará e recolherá os produtos cujos certificados foram assinados por técnicos investigados.
"Nós continuaremos mandando produtos, vendendo sem restrição, com a suspensão das plantas que nós mesmos decidimos aqui até que nós mostremos os nossos controles finais desse assunto com a força tarefa que estamos tendo nesse momento", afirmou o ministro.
A China divulgou uma suspensão temporária das importações de carne do Brasil na segunda-feira (20), após as denúncias da Polícia Federal sobre supostas propinas pagas para venda de produtos sem inspeção.
Carne estragada
A operação Carne Fraca da Polícia Federal revelou um esquema de pagamento de propina a fiscais agropecuários para liberar carnes adulteradas sem fiscalização.
Segundo a PF, as empresas teriam usado substâncias para 'mascarar' a aparência de carnes podres, utilizado carne estragada e papelão na composição de salsichas e linguiças, cometido irregularidades na rotulagem e na refrigeração das peças e usado em frangos mais água que o permitido em frangos.
(Com Reuters)
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