Clientes já trocaram de instituição 4,4 milhões de chaves do Pix, diz BC
Antonio Temóteo
Do UOL, em Brasília
24/11/2020 09h56
Os usuários do Pix, o novo meio de pagamentos criado pelo BC (Banco Central), realizaram 4,4 milhões de portabilidade de chaves entre 5 de outubro e 21 de novembro. O Pix é uma nova forma de transferir dinheiro, de forma instantânea, e uma alternativa ao DOC e à TED.
O cliente tem duas alternativas para realizar a portabilidade de chaves. Nos dois casos, os pedidos são feitos no aplicativo ou internet banking da instituição financeira.
Na primeira delas, o cliente acessa o aplicativo do novo banco e solicita a portabilidade em um campo específico para essa operação. A outra possibilidade é fazer o cadastro da chave já existente na instituição para qual quer migrar. Nesse caso, a instituição enviará uma mensagem ao cliente para confirmar a portabilidade.
83,5 milhões de chaves criadas
Os brasileiros já cadastraram 83,5 milhões de chaves no Pix, segundo dados do BC. Entre as chaves estão:
- 29,6 milhões são CPFs
- 19,5 milhões são números de telefone celular
- 18,7 milhões são números aleatórios
- 13,8 milhões são e-mails
- 1,8 milhão são CNPJs
Das chaves cadastradas no Pix, 79,8 milhões são de pessoas físicas e 3,7 milhões de empresas. Como os usuários do Pix podem ter mais de uma chave, o BC estimou que o meio de pagamentos possui 34,5 milhões de pessoas físicas cadastradas e 2,2 milhões de empresas.
Volume de operações na primeira semana
Entre os dias 16 e 21 de novembro, os usuários do Pix fizeram 12,2 milhões de operações e movimentaram R$ 9,3 bilhões. O recorde de operações foi registrado na última sexta-feira (20) quando 2,2 milhões de transferências e pagamentos foram realizados e movimentaram R$ 2,1 bilhões.
O chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Ângelo Duarte, declarou que os usuários do Pix têm ganhado confiança para usar o meio de pagamento e o total de recursos movimentados têm aumentado diariamente.
"As pessoas estão ganhando cada vez mais no uso do Pix. No começo pode haver medo, mas depois que usam o sistema, as pessoas percebem que ele é prático e seguro", declarou.