Consultoria aponta tendência emergentes (e bizarras) para 2021
Animais de estimação robôs, cogumelos e ovos sem galinhas: a WGSN, consultoria global focada em tendências, apontou 10 inovações e comportamentos emergentes (e, alguns deles, bizarros) para o mundo do consumo em 2021.
O relatório da empresa indicou caminhos para as estratégia de negócios e design de produto para indústrias de moda, beleza, estilo de vida, alimentos e bebidas.
"Identificamos necessidades e desejos dos consumidores que podem auxiliar marcas a criarem produtos inovadores, com potencial global. As tendências de 2021 são sintomáticas de mudanças sociais mais amplas, com a proliferação de tecnologias e uma necessidade urgente de soluções mais sustentáveis", diz Bethan Ryder, diretor editorial da WGSN.
Confira as 10 tendências apontadas pela WGSN para 2021:
1. Ovos sem galinha
Produtos irão reproduzir aparência, sabor e versatilidade dos ovos reais. Eles serão feitos de ingredientes como feijão-mungo (conhecido também como mungo-verde), soja e grão-de-bico.
2. Cor do ano
Segundo a WGSN, a 'cor do ano' será a 'AI Aqua', um tom versátil de azul-turquesa. A consultoria aponta que a cor terá boa repercussão entre os consumidores na era digital. 'AI Aqua' estará em produtos de moda, interiores e tecnologia.
3. Influenciadores genuínos
Influenciadores serão cada vez mais utilizados para espalhar a 'verdade' para seus seguidores, dentro de um ecossistema prejudicado pela desinformação. Esse tipo de narrativa parecerá menos com publicidade e terá foco em lições, no lugar das curtidas.
4. Máscaras 'jeck'
Como os consumidores passam cada vez mais tempo olhando para baixo, mirando seus dispositivos, a WGSN aponta em 'pescoços tecnológicos': dermatologistas e cirurgiões plásticos estão relatando uma demanda crescente por "ajustes" de mandíbula e pescoço. Em 2021, isso se expandirá para alternativas de uso doméstico, com consumidores de beleza buscando produtos e dispositivos que entregam resultados parecidos, como máscaras hidratantes e outras tecnologias que estimulam o processo de rejuvenescimento natural da pele.
5. 'Digissexualidade'
Ter relacionamentos românticos 'reais' com a ajuda da tecnologia se tornará mais normal do que imaginamos, ainda mais com o mundo cada vez mais digital. A pandemia acelerou tal fenômeno, uma vez que as pessoas confiam mais na tecnologia para proximidade, devido ao distanciamento social imposto pela covid-19: serão os 'digissexuais', que usarão tecnologias imersivas como inteligência artificial e realidade virtual.
6. Cogumelos
Os cogumelos já são um ingrediente chave em produtos de beleza, agora o micélio (a parte vegetativa de um fungo) também será transformado em alternativas ao couro em bolsas, sapatos e sofás. Cogumelos também serão cultivados para embalar produtos como garrafas de vinho e velas.
7. Corredor 'circular'
Você já ouviu falar da "economia circular", onde os recursos são reutilizados continuamente, sem desperdício. A novidade agora será o "corredor circular": o desenvolvimento de um tênis de corrida sustentável. Esta, segundo a WGSN, é a "corrida espacial" entre os gigantes do mercado de produtos esportivos. Adidas, On Running e Salomon são marcas que já possuem projetos neste sentido.
8. Bebidas 'moleculares'
Grãos e uvas? Que nada: a ciência e a tecnologia estão começando a fabricar bebidas feitas moléculas feitas meticulosamente. Usando a engenharia reversa, os empreendedores querem recriar uísques envelhecidos, vinhos e saquês aromáticos. Eles são feitos com moléculas de plantas que recriam a experiência usando menos água, terra, carbono (e tempo).
9. Do CBD para o CBN
O interesse pelos canabinóides (substâncias encontradas na cannabis) vai aumentar na mesma medida que cresce o estresse da vida diária. Em 2021, veremos novos compostos surgindo. O composto 'CBN', por exemplo, tem qualidades sedativas mais fortes do que o 'CBD': é apontado como uma saída para a era pós-pandêmica, onde a ansiedade fará parte do 'novo normal'.
10. Robôs de estimação
Tamagochis do século XXI? Para combater a solidão do isolamento social, consumidores buscaram novos companheiros: plantas, animais de estimação e, sim, robôs. A tendência é ter um 'companheiro eletrônico'. Eles se tornarão cada vez mais parte da casa, à medida que os consumidores poderão pedir ajuda na hora de fazer a lista de compras, os robôs poderão auxiliar no bem-estar das crianças e assistentes de voz, por exemplo, farão companhia para idosos.
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