David Laloum, do Distrito: Grupos de comunicação precisam pensar no futuro
A pandemia causada pela covid-19 acelerou a digitalização de muitas empresas —e, em diversos casos, as companhias viraram "destino" dos consumidores. Empresas de turismo, por exemplo, podem vender bicicletas; bancos passaram a vender outros serviços, sempre atrás de novos vetores de crescimento. Para David Laloum, sócio e chief strategist officer do hub de inovação Distrito, isso é uma "evolução das fronteiras de negócios" e vai transformar ainda mais as empresas tradicionais.
"O conteúdo é essencial nisso tudo porque as pessoas querem se relacionar com coisas que sejam úteis para elas. Isso faz com que a propaganda, na forma mais tradicional, seja desafiada. As pessoas não querem se relacionar com propaganda: elas querem um conteúdo que seja útil para elas", diz o executivo, entrevistado desta semana do podcast Mídia e Marketing do UOL —veja a entrevista acima, na íntegra.
Laloum, que é francês, atuou por muito tempo em empresas de comunicação e, entre 2016 e 2020, foi CEO da Y&R (atualmente VMLY&R), uma das maiores agências de propaganda do país. Para ele, a publicidade precisa "olhar um pouco mais para o futuro": "Os grandes grupos de comunicação estão exatamente no momento de fazer essas escolhas. Eles precisam adicionar tecnologias, romper silos e investir no futuro. Hoje, para onde o negócio está indo, tem que se investir no futuro —e, não, pensar em lucratividade", diz (a partir de 37:00).
"As agências de publicidade, por exemplo, foram negócios criados em cima de um modelo muito bem sucedido, lucrativo e estratégico na agenda das empresas. Mas está sendo desafiador para essas empresas abrir mão desses modelos para abraçar o futuro", afirma (a partir de 31:39).
Marketing e tecnologia, quase uma coisa só
Marketing e tecnologia não se separam mais. Com isso, as martechs têm ganhado muito espaço na importância entre clientes, sejam agências ou anunciantes. E o que as startups têm para ensinar ao mercado?
"As empresas hoje precisam de inovação e recursos para realizar as transformações com mais velocidade. O e-commerce da Via (ex-Via Varejo), por exemplo, representava 15% a 20% do total de vendas. Hoje representa quase 60%", afirma (a partir de 2:53).
"O segmento que mais cresce no marketing é o relacionamento com o cliente. As marcas precisam entender melhor a experiência do cliente e a capacidade de gerar melhores serviços, como vendas por WhatsApp e atendimentos por chatbots, para trazer boa informação ao consumidor", diz (a partir de 4:55).
O Distrito, que começou sua história como empresa investidora de startups, hoje foca na transformação digital de médias e grandes corporações.
"É interessante ver como esses novos ecossistemas entram na jornada de transformação das empresas, que estão aprendendo a olhar para inovação aberta. A criação do Pix mostra a agilidade mental do brasileiro. É um exemplo de como plugar soluções de startups para ajudar nos negócios", afirma (a partir de 10:20).
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