Adriana Barbosa, da PretaHub: "Empresas precisam sair do letramento racial"
Em qual estágio está a mudança de cultura de equidade racial dentro das empresas? Para Adriana Barbosa, CEO da PretaHub, plataforma criada para apoiar o empreendedorismo negro no Brasil, mais do que discutir ações antirracistas, as empresas precisam de ações afirmativas.
Adriana foi a entrevistada do episódio #109 do programa Mídia e Marketing, publicado nesta semana —veja a entrevista completa no vídeo acima.
"As empresas precisam sair do letramento. É importante, mas precisa vir a ação. Esse é o nosso calcanhar de Aquiles. Precisamos de ação. O tema antirracista é esse. Não podemos só nos educar, precisamos definir como vamos agir para mudar esse contexto", diz (a partir de 24:53).
"Os comitês de diversidade, por exemplo, são bons, mas eles precisam ser mais diversos. Além disso, as pessoas ainda participam desses comitês de forma voluntária, mas todo mundo está muito cansado. Elas precisariam ter um tipo de remuneração ou gratificação. Por fim, precisam de metas e objetivos claros" (a partir de 17:47).
Adriana também fala sobre o nascimento da Feira Preta, que celebra seu 20º aniversário em 2021. A edição deste ano acontecerá entre os dias 20 de novembro de 10 de dezembro, de forma online.
"A primeira multinacional lançar um produto segmentado no Brasil foi a Unilever, com sabonete o Lux Pérola Negra. A gente bateu na porta da Unilever, pedido patrocínio, e eles falaram: "Vocês já fizeram isso antes?". A gente respondeu: "Não, mas vocês também nunca venderam sabonete para a população preta antes. Então vamos aprender juntos". E de lá para cá, temos construído relações com as marcas, mas isso não é fácil.", declara Adriana (a partir de 5:26).
A executiva ainda explica como funciona a PretaHub, plataforma criada para apoiar o empreendedorismo negro no Brasil.
"Ela nasceu a partir da realização da Feira Preta. Hoje, realizamos ações como projetos de formação de empreendedores, pesquisas e workshops. Somos uma plataforma que apoia o tema do empreendedorismo negro no Brasil, em 4 pilares: criação, produção, distribuição e consumo", afirma (a partir de 1:30).
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