Inflação: Prévia tem deflação de 0,73% em agosto, menor taxa histórica
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15) de agosto, conhecido como a prévia da inflação para o mês, registrou deflação de 0,73%, segundo divulgou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o índice registrou a menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991.
Deflação é a inflação negativa, que sinaliza uma redução média nos preços. Apesar da queda no mês, o acumulado do índice em 2022 é de 5,02%, e o dos últimos 12 meses é de 9,60% —abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em julho, o IPCA-15 registrou primeiramente uma desaceleração de 0,13%. Depois, o IPCA confirmou o processo de deflação no mês, de 0,68%, a menor queda desde 1980, início da série histórica.
Por que caiu? O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos transportes, puxada pela diminuição no preço dos combustíveis: houve variação de -5,24% em relação ao mês anterior.
Gasolina mais barata: O IBGE registrou queda de 16,8% da gasolina, a maior contribuição negativa ao índice.
Também foram registradas quedas no etanol (-10,78%), gás veicular (-5,40%) e óleo diesel (-0,56%).
Alimentos ainda em alta: Por outro lado, a prévia indica a manutenção da alta no preço dos alimentos, que aumentou 1,12% no mês — a alta mais expressiva no índice. Em seguida vem a categoria de despesas pessoais e o setor de saúde e cuidados pessoais, ambos com aumento de 0,81%.
Preço do leite cresce quase 80% no ano: A prévia do IBGE para agosto aponta o leite como o alimento que mais pressionou a alta de preços do grupo, com aumento de 14,21%. No ano, a variação acumulada do produto é de 79,79%. O queijo, um derivado do leite, subiu 4,18%.
Outros destaques foram as frutas, com alta de 2,99%, e o frango em pedaços (3,08%).
Como é calculado o IPCA-15? De acordo com o IBGE, a pesquisa de preços foi feita entre 14 de julho e 12 de agosto de 2022. Os resultados foram comparados aos preços vigentes entre 14 de junho e 13 de julho de 2022.
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
*Com informações da Agência IBGE.
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