Presidente da Ricoh defende semana de 4 dias: Satisfeitos criam mais

A semana de trabalho de quatro dias favorece a inovação, já que funcionários mais satisfeitos conseguem criar mais. É o que diz em entrevista ao UOL Líderes Giancarlo Ghirotti, presidente no Brasil da empresa de origem japonesa Ricoh, que produz impressoras, projetores e outros produtos.

O que ele disse

Para inovar, é preciso ter funcionários satisfeitos. A Ricoh tem 35 mil patentes no mundo e está em 26º lugar no ranking global de patentes da IFI Claims Patent Services. O executivo diz acreditar que uma semana de quatro dias de trabalho contribui para um ambiente inovador. Ele diz que a Ricoh testou o modelo no Brasil entre os meses de janeiro e dezembro e está testando também em outros países. O objetivo é entender os benefícios do modelo, para poder aplicá-lo no futuro. Segundo Ghirotti, os resultados dos testes foram "bastante positivos", tanto em engajamento da equipe quanto em inovação.

Usos da impressão 3D na saúde, nas fábricas e até na comida. Segundo o executivo, há hoje usos para a impressão 3D na saúde, com a impressão de membros e partes do corpo. Também no ambiente fabril, com a impressão de uma peça de máquina quebrada, o que evita a paralisação da produção enquanto a peça de reposição original não chega. Disse que existem experimentos até para a impressão de alimentos, e que no futuro poderemos consumir alimentos quentes saídos de uma impressora.

Inteligência artificial vai superar trabalhos repetitivos. Ghirotti diz que a Ricoh criou uma ferramenta de inteligência artificial que ajuda a reparar os equipamentos. O técnico liga para um telefone, diz qual é o modelo da máquina com problemas e um robô o ajuda a resolver o problema. Segundo o executivo, a inteligência artificial consegue superar trabalhos repetitivos. Portanto, se as pessoas conseguirem atuar ajudando a empresa a pensar e inovar, e não apenas apertando botões, é possível "blindar os empregos".

Papéis para impressão têm demanda alta e derrubam árvores. O executivo disse que, mesmo com o avanço do digital, o número de documentos impressos no mundo continua crescendo. Ao falar sobre impressões em papel e a sustentabilidade, Ghirotti disse que as madeiras usadas para produzir papel são plantadas com esse objetivo. Sendo assim, o papel é mais ecológico do que o lixo eletrônico de um celular ou computador, por exemplo.

Você pode ver destaques da entrevista no vídeo acima ou ouvir a íntegra da conversa na versão de podcast, em plataformas como Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts, entre outras.

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