ArcelorMittal Brasil: Disputa com aço chinês é desleal e ameaça empregos

A forte entrada das siderúrgicas chinesas na disputa entre os exportadores de aço gera uma competição desleal e coloca em risco o mercado de trabalho do setor no Brasil. É o que diz Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil, em entrevista ao UOL Líderes.

O que ele disse

Concorrência da China. Segundo De Paula, a entrada maciça das empresas estatais chinesas na exportação de aço gera uma disputa desleal e preocupa o setor siderúrgico nacional, que sofre com as baixas alíquotas do imposto de importação.

Geração de empregos em risco. Diante do cenário global, De Paula avalia que o Brasil vai importar mais de 4,5 milhões de toneladas de aço em 2024. Ele calcula que tal produção impede a alocação de 250 mil profissionais em toda a cadeia do aço nacional.

Diálogos com o governo. De Paula afirma que realizou reuniões com membros do primeiro escalão do governo federal na tentativa de aumentar a alíquota cobrada sobre o aço importado pelo Brasil, como ocorre em outros países produtores.

Mais investimentos no Brasil. Apesar dos entraves, o executivo observa que o crescimento recente do setor vai permitir um investimento estimado em R$ 25 bilhões no Brasil nos próximos anos.

Meta de reduzir percentual de gases poluentes. De Paula ressalta que a ArcelorMittal investe nos últimos quatro anos para diminuir em 25% a emissão de poluentes e zerar a emissão de carbono neutro até 2030.

A entrevista foi gravada em 11 de dezembro de 2023. Você pode ver os destaques no vídeo acima ou ouvir a conversa na versão podcast, em plataformas como Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts, entre outras.

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