Topo

Brasil cria 220 mil empregos formais em agosto, queda de 23,3% ante 2022

Houve 2,09 milhões de contratações e 1,87 milhão de demissões no mês passado Imagem: Lidianne Andrade/MyPhoto Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

02/10/2023 14h56Atualizada em 02/10/2023 15h57

O Brasil criou 220.884 empregos com carteira assinada em agosto, segundo o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O que dizem os números

Foram registradas 2.099.211 contratações e 1.878.367 demissões em agosto. O saldo de 220.884 empregos com carteira assinada é maior do que o verificado no mês anterior (143.004), mas 23,3% menor do que o registrado em agosto de 2022 (288.096). Mesmo assim, o resultado superou a expectativa de pesquisa da Reuters (criação de 178 mil vagas formais).

No ano, as admissões somaram 15.937.956 e os desligamentos, 14.549.894. Ou seja: foram criadas 1,38 milhão de vagas de emprego formal nos primeiros oito meses do ano, segundo o Caged.

Salário médio de admissão foi de R$ 2.037,90 no mês, segundo o Caged. O valor é ligeiramente maior do que o verificado em julho (R$ 2.036,63). Os homens, em geral, foram contratados ganhando mais do que as mulheres (R$ 2.116,47 e R$ 1.924,51, respectivamente). O grupo masculino também responde pela maior parte das vagas abertas em agosto (128.405).

Número de pedidos de seguro-desemprego aumentou. Ao todo, 619.227 trabalhadores deram entrada no pedido de seguro-desemprego em agosto, um crescimento de 4,5% frente a julho (592.364).

A expectativa é de crescimento e que até o final do ano o país possa gerar cerca de 2 milhões de empregos formais. Nós estamos trabalhando com um indicador até um pouco conservador.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho

Emprego por setor e estado

Serviços puxaram a criação de vagas formais em agosto. Ao todo, foram criados 114.439 empregos com carteira assinada no setor.

Veja o desempenho por ramo de atividade:

  • Serviços: 114.439
  • Comércio: 41.843
  • Indústria: 31.086
  • Construção: 28.359
  • Agropecuária: 5.126

Todos os estados tiveram mais contratações do que demissões no mês passado. O melhor desempenho foi o de São Paulo, que criou 65.462 vagas formais em agosto. Depois, aparecem Rio de Janeiro (18.992) e Pernambuco (15.566). Espírito Santos (315), Acre (448) e Roraima (689) registraram os menores saldos.

Caged x PNAD

Caged reúne dados do governo federal sobre empregos formais. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados se referem apenas a trabalhadores com carteira assinada (CLT), e são as próprias empresas que preenchem as informações no sistema.

Desde 2020, uso do sistema do Caged foi substituído pelo eSocial. Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações de trabalhadores formais por meio do eSocial. Com a mudança, a metodologia do Novo Caged passou a ser composta por informações dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.

Pesquisa do IBGE é mais ampla, e inclui o mercado de trabalho informal. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, por sua vez, é feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a partir de entrevistas com uma amostra da população. O levantamento compreende tanto os trabalhadores formais quanto os informais.

PNAD de agosto apontou diminuição do desemprego. A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados da PNAD divulgados na sexta (29). É o menor nível desde fevereiro de 2015, quando estava em 7,5%.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Brasil cria 220 mil empregos formais em agosto, queda de 23,3% ante 2022 - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Economia