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Às vésperas da eleição, inflação na Argentina chega a 142,7% em 1 ano

A inflação na Argentina desacelerou para 8,3% em outubro, chegando a 142,7% nos últimos 12 meses, segundo divulgado hoje pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos). Só em 2023, a alta dos preços é de 120%. No próximo domingo (19), acontece o segundo turno das eleições presidenciais no país.

O que dizem os números

Inflação na Argentina desacelerou para 8,3% em outubro. No mês anterior, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em espanhol) havia subido 12,7%.

Comunicação (12,6%) foi o item com maior alta no mês. Em seguida, aparecem roupas e calçados (11%) e equipamentos e manutenção do lar (10,7%). Já o preço dos alimentos, que impacta principalmente as classes mais baixas, subiram 7,% — abaixo da inflação média.

Custo de vida subiu 7,8%, menos que a inflação. O congelamento das tarifas de luz, gás e água acabou compensando a disparada dos aluguéis, que já são cobrados em dólar, e segurou a alta do custo de vida, segundo explicou o jornal El País.

No último ano, país acumula alta de 142,7% dos preços. Em 2023, a inflação é de 120% — a segunda maior da América Latina, atrás apenas da Venezuela, de acordo com o El País.

Seis dias para a eleição

Inflação é problema crônico e principal desafio do próximo governo. No próximo domingo (19), disputam o segundo turno das eleições presidenciais o ultradireitista Javier Milei e o peronista de centro Sergio Massa, atual ministro da Economia. Ontem (12), os dois candidatos fizeram o último debate antes da votação.

Milei e Massa vêm trocando acusações, uma delas relacionada ao Brasil. Ao longo da campanha, o ultradireitista disse que não manterá relações políticas com líderes "comunistas", incluindo o presidente Lula (PT). Ontem, durante o debate, o peronista argumentou que o rompimento faria a Argentina perder 2 milhões de empregos. O Brasil é o principal parceiro comercial e político dos argentinos.

Pesquisas apontam liderança de Milei, mas margem é apertada. Segundo uma média calculada pelo portal La Política Online, Milei teria 42,9% e Massa, 42,8% das intenções de voto. Mas o ultraliberal varia de 34,3% a 51,5%, enquanto o peronista vai de 38,3% a 47,2%, como mostrou a Folha de S.Paulo.

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