'Palavra 'intervencionismo' para Petrobras é equivocada', diz Silveira
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou nesta terça-feira (21) os rumores de intervenção na Petrobras e garantiu que a empresa vai continuar atrativa para os investidores e os brasileiros. As declarações, dadas em entrevista à GloboNews, surgem após a demissão de Jean Paul Prates do comando da empresa gerar temor entre analistas do mercado financeiro. Ele dará lugar a Magda Chambriard.
O que aconteceu
Segundo o ministro, não é possível falar em intervenção na Petrobras. Isso porque a troca de comando na empresa é de responsabilidade do presidente da República, disse ele.
A palavra intervencionista para a Petrobras é completamente equivocada, porque quando o investidor compra suas ações sabe que o controlador é o governo.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
Para o ministro, a estatal tem uma governança muito forte. Ele garante que Magda Chambriard é uma profissional qualificada para o posto.
Os cargos de ministro de Estado e presidências de estatais, como a Petrobras, que tem capital aberto e uma governança muito forte, têm livre nomeação do presidente da República. Ele pode entender que aquele profissional já cumpriu a sua missão e, para dar um passo a frente, recorrer a mudanças.
Silveira afirma que a petroleira segue atrativa para os investidores. O ministro avalia que as recentes oscilações da empresa no mercado são influenciadas por especuladores.
A Petrobras vai continuar sendo uma empresa de alto valor agregado, vai continuar dando muito lucro aos investidores, mas também dará alegria aos brasileiros.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
Ele também falou sobre a autossuficiência da empresa. "A empresa quer se tornar autossuficiente na produção de gasolina, diesel e gás de cozinha, para dar segurança energética ao Brasil."
Silveira também criticou a atuação do governo Bolsonaro à frente da empresa. O ministro avalia que a intenção da equipe econômica que comandou o Brasil entre 2019 e 2022 era a privatização da empresa.
O governo anterior vinha saqueando a Petrobras. O projeto era, em um possível segundo mandato, que graças a Deus não aconteceu, vender a Petrobras, assim como fez com a Eletrobras.
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