'Manda Brasa': Como nasceu o slogan do Time Brasil em Paris-2024
Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)
02/08/2024 08h01
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Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 marcaram a estreia de um 'slogan único' para o Time Brasil, delegação que defende o país no torneio. Isso porque, pela primeira vez na história, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem uma agência de propaganda cuidando de sua toda sua comunicação. A WMcCann é a responsável pela conta do comitê desde março do ano passado.
Para entender como nasceu o conceito que norteia a comunicação do COB, que pretende alcançar todos os participantes do movimento olímpico, entre atletas, torcedores e patrocinadores, o UOL Mídia e Marketing conversou com Patrícia Andrade, vice-presidente executiva da agência. Confira:
Como foi esse processo de construção de marca, sendo feita a partir do zero, destinado a diferentes públicos?
Não tinha melhor momento para trabalhar uma marca como essa do que no ano passado, quando começamos a relação. Fizemos algumas coisas ano passado, no início da venda dos patrocínios, com as marcas se aproximando do Comitê e que vai até depois dos jogos.
A gente partiu do próprio objetivo do COB, que é manter a chama do Olimpismo cada vez mais acesa e próxima dos seus públicos. Com quem o COB precisa falar? Precisa falar com o esporte, do esporte, com os atletas, sobre os atletas e precisa falar com todos nós, que somos a torcida.
A isso, juntamos o fato das pessoas se referirem ao Brasil como Brasa - até porque tem a ver com a chama acesa. Foi uma conjunção de coisas que desembocaram em um conceito de forma muito tranquila. É esse o espírito que a gente quer: que todo mundo torça pelo Brasil.
E como provocar essa chama no consumidor, nas pessoas comuns?
Essa Olimpíada tem algumas coisas bem especiais. Ela é a a primeira depois do momento de pandemia. Em Tóquio, tínhamos estádios, torcida morna, um astral meio baixo. Essa, não - e, ainda por cima, em Paris, que tem um ar mágico.
Era o momento de celebrar, de aproveitar a onda e criar essa coisa da torcida. O torcedor brasileiro é muito legal, é animado, pinta o cabelo, faz promessa, faz maluquices. Seria um momento muito incrível para o COB aparecer, se posicionar, cumprir o seu papel de manter a chama olímpica acesa.
E esse posicionamento continua depois de Paris, rumo aos jogos de Los Angeles, em 2028? Como fica a sensação de ver esse trabalho na rua e em alguns locais da sede dos jogos?
Sim, ele não para. Com o fim desses jogos, já começamos a convidar o público para outros eventos do Time Brasil. Temos um sentimento muito bom de dever cumprido. Temos muito orgulho do que colocamos na rua.
O evento no Villa-Lobos, em São Paulo (o Parque Time Brasil, que fica aberto até semana que vem), está todo vestido com nossa campanha. Tudo que a gente quer é ver o cliente se apropriando da campanha como se fosse a melhor coisa do mundo.
Além disso, é incrível ver outras marcas querendo se aproximar do COB (o Comitê Olímpico do Brasil fechou com 21 patrocinadores para estes jogos, recorde na história da entidade). A gente vai continuar falando sobre esse Time Brasil nos eventos onde ele estiver, até chegar ao próximo ciclo olímpico.