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Fim da escala 6x1 'vai contra tudo o que a gente produziu', diz Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Imagem: Divulgação

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/11/2024 13h31

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, voltou a criticar nesta segunda-feira (18), durante apresentação em evento promovido pela Consulting House, o fim da escala 6x1. Segundo ele, o projeto apresentado na Câmara dos Deputados vai contra as reformas determinantes para a recente redução da taxa de desemprego.

O que aconteceu

Campos Neto vê evolução do desemprego no Brasil como surpreendente. Ao apresentar as projeções, o presidente do Banco Central avalia que a menor taxa de desocupação da história não era aguardada pelos analistas do mercado financeiro. 'A gente errou consecutivamente as expectativas e o desemprego continua surpreendendo', diz Campos Neto.

Presidente do BC atribui menor desemprego da história às reformas trabalhistas. Segundo o presidente do BC, a baixa desocupação apurada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é resultado das mudanças sancionadas em 2017. "Eu acho que grande parte da surpresa do desemprego se deve às reformas trabalhistas que a gente fez", revela.

Para Campos Neto, mudanças da escala de trabalho serão retrocessos. O comandante da autoridade monetária diz ver com "muita preocupação" a proposta apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) contra a jornada de trabalho 6x1. "Eu acho que vai contra o que a gente produziu, que foi muito bom para o emprego no Brasil e tem evidências disso", avalia Campos Neto.

Não vai ser colocando mais deveres para os empregadores que você vai conseguir mais direitos para os trabalhadores. Essa é uma realidade que não existe.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

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