Topo

Focus: mercado prevê alta da taxa Selic para 14,25% ao ano nesta semana

Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/03/2025 08h35

Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) reduziram para 5,66% as expectativas de inflação para 2025. Ao mesmo tempo, as projeções apresentadas pelo Relatório Focus nesta segunda-feira apontam para um novo aumento de 1 ponto percentual da taxa básica de juros na próxima quarta-feira (19).

Como devem ficar os juros

Mercado projeta quinta alta seguida da taxa Selic nesta semana. A previsão aponta para uma nova elevação de 1 ponto percentual para a taxa Selic, dos atuais 13,25% ao ano para 14,25% ao ano. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) será anunciada na próxima quarta-feira (19).

Copom não dá indícios para o futuro da taxa Selic. Na ata da última reunião, o Copom projetou a elevação dos juros básicos a 14,25% ao ano, mas não antevê o fim dos ajustes após a reunião de março. Segundo a autoridade monetária, os próximos vereditos dependem do comportamento inflacionário.

Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.
Ata do Copom

Analistas projetam juros básicos em 15% ao ano até dezembro. A expectativa, mantida nas últimas dez semanas, sinalizam para mais elevações da taxa Selic nas próximas reuniões do Copom. A visão considera a necessidade de utilizar os juros em patamares elevados como alternativa para conter o aumento da inflação.

Previsões para a Selic nos próximos anos seguem estáveis. Os analistas também mantêm as projeções de recuo dos juros básicos 12,5% ao ano ao final de 2026. Para 2027 e 2028, o arrefecimento indica que as taxas serão de 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Taxa Selic é o principal instrumento de política monetária para conter a inflação. Com o recente avanço dos preços, a elevação dos juros básicos é utilizada como alternativa para limitar o consumo e inibir, consequentemente, segurar a alta do IPCA.

Como deve ser a inflação

Analistas preveem inflação em 5,66% ao final deste ano. A variação menor do que a estimava na semana passada surge mesmo após o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficar em 1,31% em fevereiro, maior variação para o mês em 22 anos. Há uma semana, a aposta era de alta do índice em 5,68%. Há quatro, a projeção sinalizava para uma alta de 5,6%.

Projeção mostra IPCA acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para a inflação é de 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%. A partir deste ano, o BC precisa justificar cada furo da meta no acumulado em 12 meses por seis meses consecutivos.

IPCA projetado para este mês de março é de 0,56%. Se confirmado, o percentual resultará na perda de força do índice em relação à variação de fevereiro, quando a alta dos preços foi puxada pelo aumento das contas de energia elétrica. Em janeiro, o chamado "bônus Itaipu", reduziu o valor das tarifas após a distribuição do saldo positivo da hidrelétrica.

Expectativas para 2026 e 2028 voltam a subir. Para o ano que vem, as expectativas apontam para variação de 4,48% do índice de preços, ante alta prevista de 4,4% há uma semana. Já para 2028, a variação esperada passou de 3,75% para 3,78%. A estimativa para 2027 permanece estável em 4% há quatro semanas.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Focus: mercado prevê alta da taxa Selic para 14,25% ao ano nesta semana - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Economia