Dólar e Bolsa sobem com petróleo em alta e ameaça de novas tarifas de Trump
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O dólar fechou o pregão de hoje em alta impulsionado pelo aumento da aversão ao risco no exterior, após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump ameaçar a imposição de novas tarifas contra seus parceiros comerciais.
Nesse cenário, a Bolsa de Valores brasileira registrou leve alta com destaque das empresas de petróleo.
O que aconteceu
O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,733. O dólar turismo acompanhou o movimento e avançou 0,60%, sendo negociado a R$ 5,959. O fortalecimento da moeda americana reflete a busca dos investidores por proteção diante do aumento da aversão ao risco no cenário internacional.
Novas tarifas podem ser anunciadas pelo governo de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos ameaçou impor taxas sobre automóveis, chips e produtos farmacêuticos, ampliando o temor de um impacto inflacionário global. Investidores temem que as medidas possam acelerar a alta de preços em diversos setores e até desencadear uma recessão na maior economia do mundo.
A política monetária dos EUA também contribuiu para o fortalecimento da moeda. A sinalização do Federal Reserve de que os juros devem permanecer estáveis por mais tempo reduziu as expectativas de cortes na taxa americana, tornando o dólar mais atraente globalmente e sustentando sua valorização frente a outras moedas.
No Brasil, os juros futuros registraram leve alta ao longo da curva. O movimento reflete a percepção de um ambiente externo mais desafiador, o que pode dificultar cortes adicionais na taxa Selic. Além disso, a expectativa de um IPCA-15 mais pressionado, com projeção de alta de 0,72% para amanhã, reforça a cautela do mercado em relação à inflação.
Bolsa de Valores
O Ibovespa avançou 0,34% no pregão desta quarta-feira, encerrando aos 132.519,63 pontos. O volume negociado foi de R$ 15,69 bilhões. Durante o dia, o índice chegou a se aproximar dos 133 mil pontos, mas não superou a marca atingida na tarde de ontem.
As ações ligadas ao setor de petróleo foram os destaques da sessão. A petroquímica Braskem (BRKM5) liderou os ganhos, subindo 9,68%, para R$ 11,78, seguida pela petroleira Brava Energia (BRAV3), com alta de 6,63%, fechando a R$ 23,33. A Petrobras (PETR4) também registrou valorização, embora sem figurar entre as maiores altas do dia. A estatal teve um avanço de 1,06%, fechando cotada a R$ 41,06, acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional.
O petróleo também reagiu às incertezas globais e subiu 1% no mercado internacional. A alta ocorreu após o Departamento de Energia dos EUA (DoE) informar uma queda inesperada nos estoques de petróleo, gasolina e destilados. O mercado ainda monitora os desdobramentos da guerra tarifária imposta pelos EUA ao petróleo venezuelano e aos países que o importam, fator que pode influenciar os preços da commodity nos próximos dias.
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