Criar imagem fofinha com ChatGPT custa mais caro do que parece, alerta MIT

A nova trend de fotos em estilo anime geradas por inteligência artificial virou febre na internet e pode até parecer algo inocente. No entanto, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) alertam que a tecnologia tem custo elevado para o meio ambiente.

O que aconteceu

O recurso de imagens baseadas no estilo desenhado à mão foi liberado pelo ChatGPT após atualização do modelo GPT-4o. O formato faz referência ao estúdio de animação japonês Studio Ghibli, conhecido por filmes como "A Viagem de Chihiro" e "Meu Vizinho Totoro".

Média de usuários ativos do chatbot disparou. Pela primeira vez neste ano, ultrapassou a marca de 150 milhões, segundo a empresa de pesquisa de mercado Similarweb. A receita de compras no aplicativo aumentou 6% no mesmo período.

No início da semana, a ferramenta ficou indisponível por sobrecarga. O CEO da OpenAI, Sam Altman, admitiu que o serviço ficou lento em razão de "desafios de capacidade". Segundo ele, os processadores gráficos da empresa estavam "derretendo", indicando o que o executivo chamou de falha de infraestrutura.

MIT alertou que o uso massivo de inteligência artificial tem custo elevado no quesito sustentabilidade. Ferramentas como o ChatGPT exigem um grande consumo de energia. No pico da nova trend, chegou a 40 MHh, volume suficiente para abastecer sete mil residências ao longo de 24 horas.

Energia sustenta data centers para o processamento de recursos de inteligência artificial. Essas estruturas acabam contribuindo para o aumento de dióxido de carbono liberado na atmosfera, segundo o MIT.

Até 2026, espera-se que o consumo de eletricidade dos data centers se aproxime de 1.050 terawatts. O balanço mais recente da OCDE aponta que o consumo de eletricidade dos data centers aumentou para 460 terawatts em 2022. A demanda supera o uso de energia observado em nações inteiras, como Arábia Saudita e França.

O consumo de água também pode atingir níveis altos. Data centers absorvem calor gerado por equipamentos de computação e, por isso, devem ser resfriados. Para cada quilowatt-hora de energia que um data center consome, seriam necessários dois litros de água para o resfriamento, de acordo com o MIT.

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