Retorno da chuva para cana é insuficiente para compensar seca, diz meteorologia
As chuvas retornaram às principais áreas produtoras de cana do centro-sul, mas serão insuficientes para elevar os níveis de umidade do solo a patamares necessários para o desenvolvimento adequado das plantas, apontou relatório semanal da Somar Meteorologia desta terça-feira (18).
"Mesmo com a previsão de chuvas para essas próximas semanas, essas não terão volumes suficientes para elevar os níveis de umidade do solo a patamares superiores a 80%", disse o meteorologista da Somar, Marco Antonio dos Santos, em nota.
O centro-sul, que responde por 90% da safra brasileira, vem sofrendo perdas com chuvas abaixo da média e altas temperaturas entre janeiro e meados de fevereiro, que já prejudicaram a produtividade na região.
"Muitas lavouras tiveram seu crescimento afetado, apresentando um tamanho inferior ao normal para essa época do ano, o que irá reduzir os índices de produtividade nesse inicio de safra", afirmou.
A Somar ressaltou que o forte calor combinado com a estiagem, e agora o retorno de chuvas, estão reduzindo a produtividade industrial, o chamado teor de açúcar recuperável (ATR), podendo levar a uma queda na produção de açúcar e etanol no início da safra, entre abril e junho.
Um período seco no momento adequado é importante para a concentração de açúcar na planta.
A associação que reúne a indústria previu na véspera que as perdas decorrentes do clima adverso inviabilizarão o crescimento da moagem em 2014/2015, comprometendo até 40 milhões de toneladas de cana da safra.
A Somar prevê que o verão deve encerrar com volume de chuvas 50% menor do que normalmente ocorre nas áreas de cana do centro-sul.
Além disso, os canaviais da região ainda devem sofrer com as condições climáticas, em virtude do avanço de frentes frias.
"Ainda haverá uma grande amplitude térmica e isso poderá induzir um florescimento indesejado dos canaviais, afetando ainda mais a produtividade das lavouras."
Esta semana deve terminar com chuvas em praticamente todas as regiões produtoras de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, segundo a Somar.
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