Café arábica tem maior queda desde 2010 em NY por chuvas no Brasil
Os contratos futuros de café arábica negociados em Nova York tiveram nesta quinta-feira (20) a maior queda em três anos e meio, com chuvas previstas para as regiões produtoras do Brasil levantando a possibilidade de as perdas não serem tão severas quanto o esperado.
Preocupações de que o banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) poderá elevar as taxas de juros mais rápido que o esperado levou o índice do dólar a uma máxima de três semanas, pressionando as commodities negociadas em dólar, que se tornam mais caras para os detentores de outras moedas.
O primeiro contrato do arábica chegou a despencar 7%, à mínima de três semanas a US$ 1,7255 por libra-peso, com ordens automáticas de vendas, antes de encerrar a sessão com recuo de 6,1%, a US$ 1,7415.
Foi a queda mais forte para o primeiro contrato desde agosto de 2010.
"Isso tende a ser aquele tipo de evento em que o mau tempo levou todo mundo automaticamente ao pior cenário, mas recentemente nós tivemos um pouco de chuva e um clima melhor", disse Tom Pugh, economista da Capital Economics.
"Está parecendo que o dano pode não ser tão ruim quanto as pessoas pensavam, então eu acho que é por isso que os preços começaram a cair."
Chuvas estão previstas para os próximos dias nas áreas cafeeiras brasileiras, segundo a Somar.
A previsão mais ampliada indica a continuidade das precipitações entre 25 e 29 de março, com as chuvas cobrindo grande parte do cinturão produtor.
Além disso, o outono, que começa nesta quinta-feira, deverá ser mais chuvoso que o normal no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil, beneficiando o café, entre outras culturas, disse o agrometeorologista Marco Antônio Santos, da Somar.
O café atingiu uma máxima de R$ 2,0755 na semana passada, o maior nível desde fevereiro de 2012, por conta da seca sem precedentes em janeiro e fevereiro no Brasil, o que levou o mercado a reduzir as previsões para a colheita do maior produtor global.
O contrato maio do café robusta na Liffe, de Londres, fechou em queda de US$ 53, ou 2,5%, a US$ 2.037 por tonelada.
Açúcar
O contrato maio do açúcar em Nova York recuou 1,6%, fechando a 17,05 centavosde dólar por libra-peso, encaminhando-se para a segunda semana consecutiva de perdas.
Operadores dizem que as chuvas recentes no Brasil reduziram as preocupações quanto a atrasos na colheita, levando o foco do mercado novamente para os amplos estoques globais.
O açúcar branco em Londres recuou 1,2%, a R$ 454 por tonelada.
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