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Importação de petróleo e derivados pelo Brasil dispara em setembro

01/10/2014 17h31

SÃO PAULO (Reuters) - As importações de petróleo, gás e derivados pelo Brasil em setembro cresceram, pela média diária, quase 50 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 3,935 bilhões de dólares, informou nesta quarta-feira a Secretaria de Comércio Exterior.

As compras de petróleo no exterior somaram 1,967 bilhão de dólares, mais que o dobro do verificado no mesmo o período do ano passado. As importações de derivados atingiram um montante semelhante.

"No grupo dos combustíveis e lubrificantes, o crescimento ocorreu principalmente pelo aumento dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo, gás natural e óleos combustíveis", disse o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil em nota.

As importações de petróleo e derivados têm impacto importante nas contas da Petrobras, cuja divisão de Abastecimento registra seguidos prejuízos trimestrais pela política do governo, o sócio majoritário da empresa, de não repassar a volatilidade dos preços internacionais para os combustíveis vendidos no Brasil.

Assim, a estatal tem vendido nos últimos tempos gasolina e diesel com a valores menores no país do que os de compra no mercado externo.

No ano até setembro, as importações de petróleo e derivados do Brasil já somam 30,51 bilhões de dólares, praticamente estável na comparação com o mesmo período do ano passado --as compras de petróleo atingiram 12,08 bilhões, enquanto as de derivados e outros produtos, 18,43 bilhões de dólares.

Já as exportações de petróleo e óleos combustíveis do Brasil somaram 1,682 bilhão de dólares em setembro, com o petróleo respondendo por 1,32 bilhão de dólares, queda de 18,5 por cento pela média diária ante o mesmo mês de 2013.

De janeiro a setembro, as exportações desses dois produtos acumulam 15,27 bilhões de dólares, contra 11,5 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado, o que indica um déficit da balança do setor --considerando importações de mais de 30 bilhões de dólares no período--, que também tem impacto nas contas totais do país.

(Por Roberto Samora; edição de Marta Nogueira)