Cade aprova joint venture entre Cielo e Banco do Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, acordo entre o Banco do Brasil e a Cielo para a criação de uma joint venture para gerir os negócios com cartões de crédito e de débito das duas instituições, conforme despacho publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União.
Pelos termos do acordo anunciado em meados de novembro, o capital social da nova sociedade será dividido em 30 por cento para a BB Elo Cartões, subsidiária integral do Banco do Brasil, e 70 por cento para a Cielo.
Como o BB tem uma participação indireta na Cielo, por meio do BB Banco de Investimento S.A., o banco ficará com uma participação no capital da nova empresa de 50,05 por cento.
O BB informou anteriormente esperar um impacto financeiro da ordem de 3,2 bilhões de reais no seu lucro líquido em função da operação.
A Cielo, por sua vez, disse que aportaria 8,1 bilhões de reais no negócio e que o financiamento seria feito por meio da emissão de debêntures. Mais cedo neste mês, a empresa de meios de pagamentos eletrônicos aprovou três emissões privadas de debêntures, no valor total de 3,459 bilhões de reais.
"Da perspectiva da Cielo, a operação permitirá uma diversificação de suas atividades para um novo mercado no setor de meios de pagamentos, num momento de transição regulatória. Além disso, a operação também permitirá que a Cielo obtenha novas fontes de receitas estáveis", disse trecho do documento apresentado pelas companhias ao Cade.
As companhias pontuaram ainda que, para o BB, o negócio implicará redução do seu consumo de estrutura, segregando as atividades do módulo de gestão de contas de pagamento para a nova empresa.
A conclusão do negócio ainda depende de autorização do Banco Central.
(Por Marcela Ayres)
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