Cade aprova sem restrições aquisição da BG pela Shell no Brasil
![BENOIT TESSIER](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/b7/2015/07/08/logo-da-shell-visto-em-conferencia-em-paris-1436355626557_615x470.jpg)
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da totalidade das ações da britânica BG Group pela gigante anglo-holandesa Shell no Brasil.
A decisão foi publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União.
A compra da BG pela Shell foi anunciada no início de abril por US$ 70 bilhões, criando uma nova grande potência no pré-sal brasileiro, que será ainda a petroleira mais próxima da Petrobras.
A operação representou a primeira grande fusão no setor de petróleo em mais de uma década, reduzindo a diferença no mundo da Shell frente à líder de mercado, a norte-americana ExxonMobil, após uma queda dos preços da commodity.
Segundo levantamento das empresas citado pelo Cade, a BG detém 3,1% do mercado nacional de petróleo, enquanto a Shell detém menos de 2%. A líder de mercado é a Petrobras, com 86% de participação.
No mercado de gás natural, a Petrobras é líder absoluta com 81,5%, seguida pela BG, com 4,4%. A Shell possui 0,7%, participação inferior à das concorrentes Parnaíba Gás, Repsol Sinopec e Queiroz Galvão.
"Assim, observa-se que há outras grandes empresa do setor de petróleo e gás que atuam no mercado, com participação de mercado superior, inclusive, ao da Shell", disse o Cade. "A presente operação não cria um duopólio do mercado de produção de petróleo e gás, mantendo a rivalidade nessa etapa da cadeia produtiva."
Em relação ao mercado de exploração de petróleo e gás natural, existem aproximadamente 350 blocos em exploração no Brasil, e as empresas envolvidas na transação participam em 17 desses blocos, o que corresponderia a uma participação de aproximadamente 5%.
"Dada a reduzida participação das requerentes no mercado nacional, aliado à presença dominante da Petrobras nos dois mercados analisados, é razoável supor que a participação da Shell no segmento de exploração não lhe confira, no Brasil, possibilidade de exercício unilateral de poder de mercado", disse o Cade.
"Por todo o exposto, conclui-se que a presente operação não levanta maiores preocupações em termos concorrenciais no Brasil, disse o Cade em seu parecer.
(Por Luciana Bruno)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.