CEO da XP diz a colaboradores que IPO parecia ocorrer este ano, mas a vida "prega surpresas"
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente e fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, afirmou em mensagem a parceiros e colaboradores que está confiante no sucesso da associação com o Itaú Unibanco e que a parceria reforça a solidez e credibilidade da companhia.
Na mensagem, ele disse que o grupo considerou algumas vezes fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e que, neste ano, parecia que havia chegado a hora de eles se tornarem "sócios do mercado". "Mas a vida nos prega surpresas", afirmou o executivo.
Na noite da véspera, o maior banco do país anunciou que adquiriu uma fatia minoritária de 49,9 por cento na XP por 6,3 bilhões de reais. O acordo celebrado entre as partes prevê pagamento de 5,7 bilhões de reais aos acionistas do fundo de private equity General Atlantic e da gestora Dynamo por suas ações na corretora. Adicionalmente, o Itaú fará aporte de 600 milhões de reais na XP.
Segundo Benchimol, houve alguns encontros com sócios do Itaú Unibanco e aos poucos foi notado desejo dos dois lados de estarem mais próximos.
"Fomos surpreendidos quando escutamos deles a vontade de formarmos uma sociedade que nos deixasse totalmente livres e independentes para seguir inovando e crescendo, com a mesma visão e valores que nos trouxeram até aqui", disse Benchimol.
"Esta parceria muito nos orgulha e traz ainda mais credibilidade e solidez para o nosso grupo."
De acordo com o executivo, na mensagem, a associação só foi possível, pois o Itaú Unibanco entendeu os princípios e valores da XP concordando com condições fundamentais para o acordo, entre elas que o controle da companhia permanecerá com os sócios executivos da XP.
Na mesma lista de condições, ele elencou a independência operacional e livre competição entre as empresas; manutenção dos pilares de posicionamento da XP, como assessoria personalizada, plataforma aberta e taxa zero; fortalecimento do assessor de investimentos (agente autônomo de investimentos); e preservação dos acordos comerciais com nossos parceiros.
(Por Paula Arend Laier)
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