Samsung anuncia nova fábrica nos EUA antes de encontro de Trump com líder sul-coreano
SEUL (Reuters) - A Samsung Eletronics anunciou que vai abrir sua primeira fábrica de eletrodomésticos nos Estados Unidos em mais de três décadas, em um investimento politicamente agradável antes do encontro de dois dias entre o líder sul-coreano Moon Jae-in e o presidente norte-americano, Donald Trump.
A fábrica de 380 milhões de dólares, na Carolina do Sul, produzirá máquinas de lavar e outros eletrodomésticos a partir de 2018, e criará cerca de 1 mil empregos até 2020, disse a gigante de tecnologia sul-coreana.
O anúncio é o mais recente de uma longa lista de multinacionais que reagiram à pressão de Trump para criar mais empregos nos Estados Unidos.
O secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, classificou na quarta-feira o investimento como "boa notícia", enquanto o próprio Trump tuitou, em fevereiro, depois que a Samsung disse que estava considerando tal investimento: "Obrigado, @Samsung! Nós adoraríamos ter você!".
Mas Moon, que será acompanhado por mais de 50 líderes empresariais sul-coreanos na visita a Washington, também deverá enfrentar pressão frente ao grande superávit comercial do país com os EUA.
O anúncio do investimento da Samsung foi acompanhado por uma declaração do maior grupo de lobby empresarial da Coreia do Sul de que 52 companhias planejam investir um total de 12,8 bilhões de dólares nos Estados Unidos nos próximos cinco anos.
Muito disso já foi anunciado anteriormente e não ficou imediatamente claro quais investimentos são novos.
A sul-coreana é a maior fabricantes de eletrodomésticos de grande porte nos EUA, com participação de mercado em torno de 19 por cento, segundo a empresa de pesquisas Traqline. Mas desde o início dos anos 90, quando fechou uma fábrica de TV, a empresa não tem uma fábrica de eletrodomésticos dos EUA.
O investimento se alinha com a estratégia da Samsung de aumentar as vendas de eletrodomésticos de alta qualidade nos Estados Unidos.
(Por Joyce Lee)
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