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Lucro da Suzano dispara 15 vezes no 3º tri após alta no preço da celulose

26/10/2017 19h45

SÃO PAULO (Reuters) - O lucro líquido da Suzano disparou mais de 15 vezes no terceiro trimestre na comparação com o ano anterior, apoiado por uma alta de quase 20 por cento na receita líquida de vendas, motivada pelo aumento no preço da celulose, e por um desempenho positivo no resultado financeiro do período.

A companhia de papel e celulose registrou lucro líquido de 801 milhões de reais no terceiro trimestre, ante 53 milhões no mesmo período do ano passado, divulgou a empresa nesta quinta-feira.

De julho a setembro, a receita líquida de vendas totalizou 2,595 bilhões de reais, uma alta de 19,4 por cento sobre o mesmo intervalo de 2016, impulsionada por um avanço de 35,4 por cento na receita líquida de celulose.

O preço líquido médio da celulose foi de 625 dólares a tonelada no terceiro trimestre, ante 132 dólares um ano antes. O volume de papel e celulose vendido foi 6,9 por cento maior no comparativo anual do terceiro trimestre.

"Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o incremento da receita líquida se deu, principalmente, pelo aumento do preço da celulose em dólares... parcialmente compensado pela variação cambial", disse a empresa no balanço de resultados.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,186 bilhão de reais, alta de 54,5 por cento na comparação anual.

A alavancagem ficou em 2,3 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda, o que, segundo a empresa, é um "patamar saudável." Um ano antes, esse nível fora de 2,4 vezes.

"O comprometimento com a disciplina financeira é reforçado pela redução do endividamento bruto e líquido, além do alongamento expressivo no perfil de amortização (de 62 meses para 80 meses)", relatou a companhia.

A companhia já investiu 1,26 bilhão de reais no acumulado do ano até o fim de setembro, equivalente a 70 por cento do previsto para o ano.

Já as operações financeiras da empresa ficaram positivas em 270 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo um resultado negativo de 236 milhões de reais um ano antes, por conta, principalmente, da variação cambial.

(Por Sérgio Spagnuolo)