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Ibovespa renova recorde acima de 85 mil pontos e já sobe 10% em 2018

26/01/2018 18h48

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice de ações da B3 fechou na máxima do dia nesta sexta-feira, renovando recorde de pontuação, conforme segue o fluxo de capital externo para as ações brasileiras e agentes financeiros veem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quase fora da corrida presidencial neste ano.

O Ibovespa subiu 2,21 por cento, a 85,530 pontos, maior pontuação do dia e novo recorde. O volume financeiro do pregão foi expressivo, somando 16,138 bilhões de reais, bem acima da média diária do ano de 9,6 bilhões de reais.

Na semana, o índice acumulou elevação de 5,3 por cento, contabilizando no ano um acréscimo de 10,14 por cento.

Dados de fluxo mostram saldo positivo em todos os dias de janeiro até o dia 23. No acumulado do mês, as entradas líquidas somam 6,55 bilhões de reais.

O cenário externo corroborou os ganhos domésticos, com os índices acionários S&P 500 e Dow Jones em Wall Street também nas máximas em meio a resultados corporativos, enquanto o dólar recuou frente a uma cesta de moedas.

Do lado político, a condenação unânime do ex-presidente Lula em segunda instância na quarta-feira abriu espaço para apostas no mercado de que ele deve ficar de fora da corrida presidencial deste ano, o que, na visão de estrategistas, elevaria as chances de vitória de um candidato do centro ou reformista.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON saltou 5,24 por cento, para 21,71 reais, maior valor de fechamento desde setembro de 2014. PETROBRAS PN subiu 3,05 por cento. Os papéis seguiram influenciados pelas expectativas relacionadas ao cenário político, tendo também no radar emissão no exterior de 2 bilhões de dólares em notas com vencimento 2029.

- CEMIG disparou 10 por cento, em meio a expectativas relacionadas à sucessão do governo de Minas Gerais.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 5,46 por cento, capitaneando os ganhos do setor bancário que, como um todo, ajudou a sustentar o Ibovespa.

- VALE cedeu 0,84 por cento, pesando do lado negativo, em meio à fraqueza dos preços do minério de ferro na China e tendo ainda no radar comentários do presidente dos EUA Donald Trump com tom positivo para o dólar.

- CIELO caiu 1,59 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, ainda sob efeito de notícias sobre a regulação do setor de cartões na quarta-feira. Entre elas, a Reuters reportou que o Banco Central quer estabelecer teto para as taxas cobradas pelas empresas de meios de pagamentos nas transações com cartões de débito.