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Ibovespa fecha em queda com exterior desfavorável, mas sobe na semana

20/04/2018 17h59

Por Paula Arend Laier

(Reuters) - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta sexta-feira, em pregão marcado por um giro financeiro mais fraco, com o viés negativo de Wall Street endossando alguma realização de lucros e notícias corporativas também no radar dos investidores.

O Ibovespa caiu 0,32 por cento, a 85.550 pontos, com o volume na sessão totalizando apenas 8,72 bilhões de reais, contra uma média de 10,7 bilhões de reais em abril e de 11,2 bilhões de reais em 2018.

Na semana, contudo, o índice de referência do mercado acionário brasileiro avançou 1,44 por cento.

O resultado semanal foi ajudado principalmente pelo desempenho da última quarta-feira, quando o indicador subiu 2 por cento, em sessão que teve o vencimento de opções sobre o Ibovespa e o índice futuro e entrada líquida de 1,6 bilhão de reais em capital externo. [L1N1RX14A]

Na visão do chefe da mesa de renda variável da CM Capital Markets, Fabio Carvalho, precisa haver um fato novo para que o mercado possa se alavancar, uma vez que as ações brasileiras não estão baratas. "A bolsa não está nenhuma barganha."

Em Wall Street, as bolsas fecharam em queda, com as ações da Apple liderando um declínio no setor de tecnologia, em meio a temores acerca de fraca demanda por iPhone e do efeito da alta nos rendimentos de títulos dos Estados Unidos sobre o mercado acionário norte-americano.

DESTAQUES

- HYPERA PHARMA caiu 6,41 por cento, após reportagem no site do jornal O Estado de S.Paulo, dizendo que a Polícia Federal investiga se o delator Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da farmacêutica, omitiu informações em seu acordo de delação premiada para proteger o maior acionista e o presidente da empresa.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuaram 4,24 e 4,14 por cento, após volatilidade no começo da sessão, com agentes financeiros analisando notícia de que o presidente Michel Temer assinou na quinta-feira um aguardado decreto sobre a privatização da estatal.

- USIMINAS PNA cedeu 1,75 por cento, em dia negativo para o setor siderúrgico como um todo, embora o balanço do primeiro trimestre tenha sido considerado positivo por analistas, com Ebitda ajustado de 641 milhões de reais nos três primeiros meses de 2018, crescimento de 20 por cento sobre o desempenho de um ano antes.

- BRASKEM PNA caiu 2 por cento, também na ponta negativa do Ibovespa, tendo no radar reportagem do jornal Valor Econômico de que os controladores da petroquímica Petrobras e Odebrecht chegaram a um impasse quanto à sua reorganização societária.

- BRADESCO PN perdeu 1,41 por cento, pesando sobre o índice em razão do peso do papel em sua composição. Ainda no setor bancário, ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,22 por cento, adicionando pressão sobre o indicador.

- PETROBRAS PN subiu 0,72 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,25 por cento, apesar do comportamento misto do petróleo no exterior.

- VALE ON recuou 0,42 por cento, em linha com a queda do minério de ferro na China.

- BRF ON fechou em alta de 4,96 por cento, tendo no radar acordo dos sócios Previ, Petros, Tarpon e o empresário Abilio Diniz sobre eleição do conselho de administração da companhia, prevista para 26 de abril.

- EMBRAER ON avançou 3,21 por cento, após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira, citando fontes próximas das tratativas, de que as negociações entre o governo federal e a Boeing para a criação de uma joint-venture com a fabricante brasileira estão "muito avançadas"

- NATURA ON subiu 2,54 por cento, depois que a fabricante de cosméticos divulgou previsão de Ebitda de pelo menos 3,1 bilhões de reais em 2022 e receita líquida consolidada de ao menos 17,2 bilhões de reais.